quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Prêmio Nobel da Sol


Ok, ok... Confesso que eu não sabia quem era o Nobel. Pra mim ele era só uma cara que criou um prêmio que paga muito bem obrigada. Mas ocorre que Nobel foi o inventor da dinamite! Sim meus caros, aquela com a qual o Coiote sempre se explodia pra tentar foder com o Pápa-Leguas. Nobel é, portanto, praticamente o dono da ACME!!!(ui, essa foi péssima). Enfim, Nobel encheu a tobinha de ganhar dinheiro com sua invenção, digamos, bombástica.
Nobel vivia muito feliz com seus muitos dinheiros, frutos da explosão de muitas coisas, sonhos, vidas, pessoas, mulheres e crianças. Foi quando seu digníssimo Pai pereceu, e um jornalista desinformado deu a notícia de que quem havia perecido era Nobel Jr
E eis que então saíram nos jornais manchetes como: "Finalmente morre Nobel Jr., o inventor da destruição humana". E as pessoas comemoraram, encheram a cara e dançaram a macarena com a gravata na testa pois Nobel Jr. havia morrido!

E Nobel Jr., que estava vivinho da Silva, vendo tamanha felicidade causada por seu falecimento resolveu pegar seus muitos dinheiros e distribuir para as pessoas que fizessem decobertas para o bem da humanidade, passando assim um pano no seu passado obscuro.

E não é que deu certo??? Hoje o Nobel é um cara bonzinho que dá muitos dinheiros para as pessoas mais boazinhas do ano!

Ok. Feita a contextualização histórica, venho a público divulgar que muitos inventores que muito bem fizeram à humanidade foram simplesmente ignorados pelo Nobel! E eu, pessoa justa, bonita, cheirosa e modesta que sou resolvi fazer justiça com o próprio blog! Segue minha singela lista de invenções e inventores que mereciam um Nobel... Mas não levaram!

Prêmio Nobel da Sol:

Marion Donovan
Era dona de casa na época da segunda guerra mundial e trabalhava numa fábrica de tanques de guerra. Mãe de 4 filhos, encarava a dupla jornada e a escassês de algodão provocada pela Grande Guerra. Na hora do pega pra capá, com 4 rebentos obrando at the same time, a grande Marion, minha brother, resolveu arrancar a cortina plástica do seu banheiro e consturá-la em formato fraldal. Acoplou fraldas de pano dentro das cortinas costuradas e voi lá! Inventou a fralda descartável, facilitando a vida de mães pelo mundo inteiro. Se não fosse ela eu passaria, no mínimo, 4 horas por dia lavando fraldas cagadas. Mais que merecia um Nobel, merecia um beijo e um abraço apertado!

Ughetto e Carioca inconformado
Um cara apaixonado! De quatro pela filha do padeiro da cidade de Milão, na Itália, Ughetto tentou de todas as formas convencer Tone, pai de Adalgisa (não tinha um nominho melhor pra dar pra filha não em seu Tone????) sua amada, de que ele era um bom partido. Mãss, Tone era durão e não caiu na conversa mole de Ughetto. Ele então, em um gesto de total e completo desespero se disfarçou de padeiro e foi trabalhar na padoca do Tone. Em meio à médias e pães nas chapas, criou um pão doce que começou a fazer o maior sucesso com a clientela, porque era E-NOR-ME perto dos demais e tinha um formato parecido com a cúpula de uma igreja. Pra puxar o saco do futuro sogro, Ughetto deu o nome pro pão doce de "pani-di-Tone", em menos de uma semana o negócio virou "Panetone". E assim ele conseguiu pegar a Adalgisa! Mais eis que as frutas cristalizadas do Ughetto sempre me deram um certo nojinho! O pão até era bom, mas quem foi que teve a idéia de girico de colocar aqueles pedacinhos de gelatina velha dentro??? Não Ughetto, péssima pedida, sua invenção precisava de um up. Então alguém resolveu mandar uma carta pra Bauducco e sugerir que eles inventassem o Chocotone. O meu amigo Carioca jura que foi ele, então divide o prêmio Nobel com o Ughetto.

Yuku Yamashita
Desde de pequena ela tinha TOC com cabelos enrolados, e quando cresceu e virou cabeleireira resolveu que ia criar um método revolucionário de alisar os cabelos sem que a mulherada ficasse com cara de Japonesa sem ser nipônica! Tomando a cruzada como propósito de vida, inventou a escova progressiva, salvando casamentos, carreiras, auto-estimas e evitando suicídios.

Aahotep
Servo de Ramsés III, inventou um acessório que simbolizasse o poder dos faraós e ainda protegesse a galera enquanto eles andavam pelas margens do Nilo ou atravessassem o deserto do Saara, onde o sol era quente e queimava a nossa cara (alalaôooo). Inventou o gurada-chuva, que na verdade era guarda-sol e foi adaptado pra proteger dos desmandos de São Pedro. Antes era sinônimo de status e hoje é sinônimo de falta de glamour, já que só anda por aí de guarda chuva em punho quem não tem cacife para comprar um carrinho popular financiado em 30 meses.

Catherine Jean Randall
Cansada dos acidentes menstruais causados pelos absorventes estilo "tijolão", desenvolveu na sua própria residência um dispositivo anatômico baseado nos aviõesinhos do LEGO com os quais seu filho costumava brincar. Patenteou a idéia, ficou rica e salvou a calcinha de milhões de mulheres espalhadas pelo mundo! Inventou o Absorvente com Abas.

... to be continued ...

Ps: escrito com a inestimável, inigualévl, indicutível e preciosa colaboração das culega de trabalho dessa que voz fala. Porque a gente é bancária mas aqui dentro também bate um coração...
Gatas e carioca, aquele abraço....

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Um blog, muitas "gentes" e minha vida não cabe num arquivo

Eu comecei a escrever o meu blog por causa de um outro blog. Sabe quando a gente acha aquele blog que era tudo que você queria ler e simplesmente devora até o primeiro post (aquele onde geralmente a gente escreve alguma coisa que acha que ninguém vai ler, como esse aqui, que foi o primeiro post do 44).
Pois então, Só dói quando eu respiro era tudo o que eu queria naquele momento, e tudo o que eu sentia também. Eu estava saindo de um mundo e indo pra outro, deixando pra trás um passado muito diferente do que iria ser o meu futuro, mas não por isso menos engraçado!
O ano de 2007 foi meu último ano de faculdade, o ano em que eu consegui meu primeiro emprego e o ano em que eu disse adeus a minha vida antiga e amigas muito queridas. Na época eu não imaginava que esse adeus seria assim, tão forte. Mas foi um Adeus mesmo! O meu blog acabou virando um jeito das minhas "minas" queridas saberem da minha vida, do Big da chegada do Theo e das aventuras de Little Big!
Acontece que em novembro de 2007, exatamente a 3 anos atrás, o Só dói quando eu respiro, para o qual eu escrevi até um post em homenagem, simpelesmente parou de atualizar!
Para o meu total e completo desespero, já que eu era totalmente viciada nos posts da Ana Paula e ria muito do jeito sincero e sacana que ela via (e descrevia) o mundo.

O que eu iria fazer????? A Ana Paula morava no Rio e pelo pouco que eu conhecia dela através do blog eu sabia que se ela tinha parado de escrever era por um motivo muito nobre, como ter ido dar aula de história em uma escola modelo em Ouro Preto, ou ter encontrado um Big pra chamar de seu e ter ido ser curadora de um museu alternativo em Paris, ou ter fugido para Gana para estudar os povos africanos... Ou ela tinha morrido mesmo e ninguém tinha avisado aos leitores do Blog. Sacanagem da mais pura.

Mas uma coisa que eu não queria aceitar, e que certamente era muito mais plausível do que a Ana ter ido morar em Gana, era que ela simplesmente tinha se enchido do Blog. Resolveu mandar pra Puta que o pariu ao vivo mesmo quem ela mandava à merda via blog. E não adianatava nem eu me desabalar de São Paulo até paragens cariocas e pedir pelo amor da Santa Protetora das Balzaquianas (amo inventar santos novos. O sincretismo religioso me permite inventar toda a sorte de Santos e Santas, vou começar a pantentear!) que ela voltasse a escrever o Só Dói, pois a probabilidade de ela me mandar à merda era muito grande também.

E foi assim que eu fiquei "orfã" de mãe! E tive que me virar sozinha pelo mundo bloguístico e pelo mundo real também, já que em dezembro de 2007 eu já estava de malinhas prontas pra ir morar com Tia Baranga num apê na Vila Madalena.

Assim que comecei a criar o meu "estilo" de escrever no blog fui esquecendo do ressentimento do sumiço do Só Dói, até que o blog da Ana Paula virou só uma vaga lembrança na minha memória.
O Big entrou na minha vida no meu primeiro dia de trabalho, e eu fui registrando tudo por aqui! Minha paixão platônica, o desespero por sentir tesão pelo próprio chefe! Minhas estratégias de conquista! E depois eu apaguei tudo com medo do pessoal do Banco e ler e me demitir por assédio sexual.

Tanta coisa aconteceu,  tanta merda foi falada, piadinhas internas compartilhadas, a garvidez, o parto, o Theo... E o blog virou assim, uma terapia, um desabafo uma necessidade. Mas é claro que sempre tem um filho da puta pra foder com tudo!

E eis que meu desgosto pelo blog aflorou com essa história da Vacanônima. Juro que fiquei triste mesmo! Porra, eu sou uma pessoa legal! Tenho um blog que é até apresentável e essa vaca vem causar justo aqui???

Será que eu deveria mesmo continuar a contar coisas tão particulares, tão minhas por aqui? E não só minhas, do Big, do Theo do Little Big... Pra essas pessoas ruins continuarem lendo? Vale a pena saber que eu sou uma quase-escritora já que tenho "leitores"por aqui, e assim não ter a frustração de nunca ter exercido a profissão que sempre foi minha, desde quando eu escrevi a história da menina que roubava as gemas dos ovos-fritos quando  eu estava na 2a série???

Foi assim que eu pensei em explodir o blog! Fazer um terrorismo virtual como fez a Ana Paula do só dói! Eu ia sumir e nem ia dizer Adeus! Pras pessoas ficarem se perguntando se eu tinha lançado minha patente de novos Santos e Santas e tinha sido contratada como acessora jurídica do Vaticano ou outras hipóteses absurdas que possam passar pela cabeça de pessoas criativas e bobas como eu...

Eu tava decidida, mas aí recebi um comentário por aqui. Esse aqui ó:

Dona Mila disse...


Ai, viciei nisso aqui. To linkando!

E depois fui lá no Cuspindo Pro Alto e li o último post, que estava indicando o Sutia 44 pros leitores da Mila!

Caralho! Eu ia fazer igual a Ana Paula, ia sumir sem deixar rastros nem Adeus e ia perder a chance de receber comentários como esse! De ver que pelo menos uma pessoa leu TUDO que você já escreveu, e gostou! E quem sabe mais quantas pessoas lêem e não comentam, ou lêem e dão um pouco de risada da vida, ou Lêem e acham uma merda, mas lêem! E como escritora que sou, só tenho um objetivo em escrever.  Leiam. Que pensem e repensem, que pisem e exaltem, que eu seja escrachada ou elogiada... Leiam!

E é por isso que eu decidi que vou continuar chovendo no pequinique de todos vocês, como diria o saudoso Paulo Leminski. A minha vida não cabe num opala arquivo de blog, mas as partes mais engraçadas com certeza estarão aqui!

Registro o meu "Muito Obrigada" pra Dona Mila que evitou um suicídio Bloguístico (Também to te linkando gata! Não preciso nem dizer quão preciosos foram seu comentário e post) e aproveito para fazer um apelo pra Ana Paula do Só Dói Quando eu Respiro: Caralho, por um breve momento achei que você ia voltar a escrever em junho, mas você sumiu de novo... Faz isso de novo não gata! Volta que eu juro que eu vou ler seus posts todos!

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Um Anônimo pra chamar de seu ou A Inveja é uma Merda

Para VacaNônima



O grande problema da humanidade é a inveja.
A inveja é uma merda mesmo! É um sentimento vagabundo que não tem nada mais importante pra fazer a não ser se preocupar com a vida dos outros.
Quando a gente é mais nova, mais otária e com menos peitos e auto confiança, a inveja segue aliada das nossas maiores inseguranças (aliás, Inveja e Insegurança são melhores amigas, mas vivem falando mal um da outra pelas costas!).
A gente sempre acha que é mais feia do que aquela outra menina, ou menos esperta, ou que joga handball pior e as comparações são inevitáveis quando todo mundo usa o mesmo uniforme.

Mas aí a gente cresce, sai pro mundo (e sai da 6a série), vai resolver o que quer ser na vida e percebe que existe coisa muito melhor pra fazer do que andar por aí com Inveja e Insegurança a tira-colo, disparando comentários maldosos sobre pessoas que, na maioria das vezes, nem ao menos sabem da sua existência. Certo?

Então, errado! Para uma pequena parcela de pessoas essa fase nunca passa. A idade da insegurança se vai, os antigos e leais amigos da adolescência também mas a inveja e a insegurança não! Essas sãos as fiéis escudeiras de um certo tipo de pessoa.

Um ser desta qualidade, sabidamente inferior, acompanhada de Inveja e Insegurança, encontrou o Sutiã44 e resolveu manifestar tudo de ruim que há dentro dela. Como esta pessoa digna de pena não teve nem ao menos a decência de se identificar nos comentários que fez vamos ter que inventar pra ela um personagem. Aqui no Sutiã44 ela sera carinhosamente tratada pela alcunha de VacaNônima (pois não sei de qual vaca estamos falando, portanto ela será a Nônima!)

Nônima tem uma história muito parecida com a de muitas pessoas perdedoras na vida. Foi uma criança maldosa, que assustava outras crianças. Uma adolescente igualmente má, que adorava utilizar apelidinhos perjorativos contra os colegas. E uma adulta sem o mínimo equilíbrio psicológico, incapaz de manter um relacionamento, seja amoroso ou de amizade.

Por ter essa história lamentável de vida, Nônima sai por aí, usando toda força de sua Inveja e Insegurança para encher o saco de pessoas normais. Protegida por sua covardia se esconde atrás do anônimato onde ela pode ser invejosa, asquerosa e ridícula a vontade.

Todo mundo tem uma Nônima na vida! Ela pode ser uma prima, uma vizinha, uma amiga ou até alguém que nunca te viu! Mas saiba, ela vai estar lá, com todo o rancor de sua vida de merda, cheia de relacionamentos de merda, desamada pela família e pelos que a cercam, pronta pra tentar te dar o bote! E sabe o conselho que eu te dou nessas horas?

Faça como eu: Dê muita risada da cara (ops, a pessoa é tão cagona que não mostra a cara, então imagine uma cara) de Nônima. Enquanto isso você vive sua vida sem se preocupar com a vida ou o Passado das outras pessoas! E lembrem-se, temos é que sentir muita pena das Nônimas que andam espalhadas por aí, pois todo relacionamento que elas tiveram na vida se transformaram em uma BIG decepção!

Mas a gente não tem culpa de ser feliz né! Então é isso gente, a vida segue sorrindo, com Big me amando, Little Big adorando me ouvir contar histórias, o Theo cagando nas fraldas e eu tendo ORGULHO de trocá-las! Porque uma coisa que VacaNônima não conhece (e se continuar assim é capaz de nunca conhecer) é o tamanho do amor de uma mãe, que é capaz de ter orgulho de meter a mão na merda do próprio filho!

Nônima, conselho de amiga: Se monta toda hoje gata, aproveita que é sexta feira, sai pra uma balada e vê se arranja um gatinho pra chamar de seu ok? Quem sabe assim você para de se incomodar com a felicidade da família BIG!?

Ps: Pra quem quiser ler os comentários de baixo calão de VacaNônima, seguem os links. Notem o quão engraçadas e criativas são as postagens! Era óbvio que a fiel escudeira de VAcaNônima, a Inveja, se manifestaria:

Quem decide quando quer ser otária?
A minha propaganda da Master Card
Um amor cheio


Ps2: VacaNônima adoraria que você comentasse o meu post em sua homenagem, mas pra isso você vai ter que largar a mão de ser cagona e mostrar a cara, pois os comentários aqui no blog não podem mais ser anônimos, Ok? Vamos parar de ser criança e assumir a responsabilidade pelo que fazemos pra variar?

Beijo Grande, de sua anti-amiga

Sol
vulgo
Mari

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Pra saber quando se tem 1 ano

São Paulo, 27 de setembro de 2010



Filho querido,



hoje faz um ano que você nasceu, e a mamãe queria aproveitar essa data querida pra te contar tantas coisas!!! Então escolhi 10 coisas que eu acredito que você deva saber agora que já tem um ano.


1. Mesmo antes de nascer você já era muito corajoso. Passou 14 horas lutando junto com a mamãe pra chegar nesse mundão de meu Deus, e quando chegou o mundo simplesmente virou um lugar muito mais bonito, cheiroso e cheio de cocô, fralda e hipoglóss amêndoas;

2. Você falou "papai" antes de "mamãe", mas só porque o papai trapaceou e falava papai o dia inteiro pra você repetir;


3. A mamãe não entortou a sua cabeça quando você caiu do sofá. É tudo intriga da oposição!

4. A mamãe não tentou desentortar a sua cabeça quando você caiu da escada, é tudo intriga da oposição (2)!


5. O desenho que você mais gosta é o do Pocoyo. Ele usa um macacão azul e tem um amigo Pato que é bem zarolho! A mamãe coloca no computador pra você assistir e você fica quietinho!

6. Você ama tomar banho de banheira, joga bastante água na mamãe e até aprendeu a fazer bolinhas com a boca. As vezes você toma a água da banheira também.

7. Seu irmão te ama demais! E vocês já brincam de pega pega no apartamento, ele correndo e você engatinhando, chacoalhando a sua bundinha de fralda;

8. Os seus amiguinhos da escola são: O João, que é seu melhor amigo e gosta de brincar de jogar os brinquedos bem longe na salinha, todo menino tem um amigo João, você já tem o seu! O Nicolas, que a gente chama de Cage, porque todo menino tem que ter um amigo com um apelido engraçado; tem o Gustavo. Você roubava a chupeta dele e enfiava na sua boca, aí a mamãe teve que te comprar uma chupeta igual a dele, indo contra tudo que o google e a revusta crescer já ensinaram pra ela; e tem a Bia e a Gabriela que são as únicas meninas. Elas são lindas e cheirosas, mas você não quer namorar nenhuma delas porque ama a mamãe;

9. A mamãe brinca com você todos os dias, te enche de beijo quando chega do trabalho e passa o dia inteiro pensando em você e mostrando fotos e vídeos suas pra todo mundo no Banco! A mamãe tem até um blog onde ela fala basicamente sobre você, as suas aventuras e sobre como é possível sentir um amor assim tão grande por umaa criatura tão pequenininha;

10. O seu primeiro ano de vida foi o ano mais feliz da minha vida! A mamãe te amamentou, te deu banho, trocou sua fralda e foi chamada de mãe pela primeira vez! Mal posso esperar pelas aventuras que nós vamos viver nos próximos anos que virão! Mas a coisa mais importante que você precisa saber Theo é que você é a coisa mais importante pra mamãe!


Parabéns filho, mamãe te ama com todas as célulinhas do corpo dela!

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

CAMPANHA "EU NÃO CONFIO EM NINGUÉM SEM OVÁRIOS"



Desde quando eu comecei a entender como funcionava a política na minha cidade, que no caso específico foi governada durante 20 anos pelo mesmo coronel territorialista, bêbado, espancador de mulheres e racista, digno de vilão de novela do Benedito Ruy Barbosa, eu me perguntava: Onde estão as mulheres???

Porque não tem prefeita mulher na minha cidade???
Ou vereadora mulher???
Deputada? Senadora? Presidenta? Enfim, será que a ausência de uma Barbie-deputada estava causando a ausência feminina na política?

Piadinhas à parte, aquilo muito me incomodava! Porque eu queria participar! Eu queria que minha mãe participasse! Ela seria uma ótima prefeita, a minha mãe! Organizada, sensata, assertiva, mas ao mesmo tempo sensível, delicada e compreensiva.

Ocorre que essas 3 últimas característivas são simplesmente incompatíveis com o que vem sendo a política nesse país. Quem tem coração não faz o que eles vêm fazendo a décadas. As mesmas oligarquias fundamentadas num colonialismo porco que sempre, desde que o Brasil deixou de ser Pindorama e andar pelado virou cirme, extirpou das nossas terras a vergonha na cara, e fez com que a gente se acostumasse a dizer que político é tudo ladrão mesmo.

Ser "mulherzinha" não tinha espaço no Congresso Nacional. Por isso muitas mulheres que chegam até lá são tão masculinizadas, como a própria candidata Dilma, que não poderia ser menos feminina!
Então ser política e mulher não pode? Política e mãe também não? Ser política e bonita então, é crime inafiançável...

Pois eu decreto pra todos e todas que quiserem ouvir. Eu não confio meus impostos a quem tem escrotos! Vocês passaram mais de 500 anos no poder e taí o que fizeram. Um monte de cagada que só quem menstrua todo mês, ou já sentiu as dores do parto conseguirá resolver. Nessa eleição, e nas próximas que virão, só voto em quem tem útero. E mesmo com o google tentando me impedir (atentem para as imagens abaixo, quando digitamos a palavra "candidato" o nosso querido oráculo nos sugere pesquisas sobre candidatos a presidência, mas quando digitamos'"candidata"ele quer que a gente pesquise sobre concursos de Miss. Vai pra puta que te pariu google, se eu tivesse mais tempo processava vocês por injúria de gênero, ou algo assim).





Vamos às estatísticas, extraídas do site do TSE - http://www.tse.gov.br/

Candidatos e candidatas por gênero no Estado de São Paulo

Masculino 2.462
Feminino 551

Cargos

Governador

Masculino 8
Feminino 1

Vice-Governador

Masculino 7
Feminino 2

Senador

Masculino 13
Feminino 2

Deputado Federal

Masculino 941
Feminino 227

Deputado Estadual

Masculino 1.469
Feminino 313

No site do TSE dá pra ver quais são as candidatas a caga cargo em todos os estados. Como não são muitas, estou pesquisando por lá qual delas vai merecer o meu voto! E você? Vai continuar votando em escrotos???

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Eu era um delinqüente infantil!

Planejei friamente o crime:

Eu ia pegar o carrinho de bombeiro, aquele que ascende o giroflex e canta música quando anda, sabia que este era o brinquedo preferido da vítma.
Esperei ele acordar da soneca após tomar a vitamina de leite ninho com morango da Tia Sandra; empurrei o carrinho para o lado oposto da rota de fuga pelo parquinho;engatinhei desabalado para o triunfo, com o objeto de desejo na boca e ainda fiz bunda-lelê pra vítima que chorava de beicinho na sala de estimulação!

Foi assim que eu roubei a chupeta do Gustavo, enfiei na minha boca e engatinhei para a vitória!

E de uma vez só o Theo virou delinquente na escolinha e ficou com a ficha suja; Enfiou a chupeta alheia na boca, compartilhando bactérias, saliva e leite com morango; e mostrou pra mim que não importa o que o google ou a revista crescer digam, se eu não der chupeta pra ele ele vai roubar a chupeta alheia.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Lester e Eu

Ok. O título já diz tudo (para quem assistia a TV cultura no início dos anos 90)!

Um rato entrou no meu apartamento!Em pleno século XXI, zona sul de São Paulo, onde apartamentos estão cercados por câmeras de segurança, portões automáticos e cercas elétricas, um rato entrou NO MEU apartamento. E comeu a banana da fruteira!
Pelo tamanho das mordidas na banana o rato era enorme, uma ratazana bem nutrida dessas de esgotão mesmo! Só de ver a minha secretéria do lar me mostrando a banana e cocozitos nojentos do roedor espalhados sobre o chão branquinho e imaculado da minha cozinha as minhas pernas amoleceram. Na hora imaginei o Theo enfiando os pequenos dejetos na boca, ou puxando o rabo da Ratazana pensando que era brinquedo. Pra completar ela me disse que achou ossinhos, repito OSSINHOS, embaixo do meu fogão! Oh God!

Dentre tantos ratos que habitam a capital paulista, justo o rato que adentra a minha residência tem de ser um rato canibal! Podia ser o Mickey, ou o Toppogigio ou o Jerry, o Ligeirinho enfim, tantos ratos bacanas que nunca, jamais, em hipótese alguma morderiam as minhas bananas, cagariam no meu chão ou comeriam seres da mesma espécie deixando ossos pelo caminho. Mas não, o meu rato era o Lester, do Beackman (lembra?). O Lester era um bêbado desempregado que a produção do programa achou em um beco qualquer, colocou um roupa bem bagaçada de rato gigante e permitiu que ele peidasse e arrotasse durante a gravação do programa. Esse era o Lester, o meu rato.

Sou muito cagada mesmo! Para completar a merda, Big está na Argentina a trabalho, sim o cara está internacional, e não, eu não estou gostando nada disso, principalmente quando Lester resolve dar as caras por aqui.

Muito rapidamente mobilizei todo o condomínio para exterminar Lester, e fiquei sabendo que ele andou cagando em outros apartamentos além do meu (mas só no meu ele resolveu comer outros da tribo, que fique bem claro)! Cara, nunca me senti tão amedrontada na vida, nem quando Big e eu fomos assaltados a mão armada.

Lester é meu arqui-inimigo! É o anti-herói deste humilde blog! Lester precisa morrer para que eu tenha a paz de espírito necessária para ficar sozinha com o Theo por duas semanas.

Se Lester não morrer e continuar a comer minhas bananas, a cagar no meu chão e a fazer rituais antropofágicos embaixo do meu fogão na calada da noite, declaro para todos os seres vivos, conhecidos ou não do meu apartamento (como já fez uma vez minha querida amiga Tia Baranga, muito tempo atrás) QUE O APARTAMENTO É DO LESTER! Eu saio e Lester fica, pois seres humanos do sexo feminino e menores de 10 anos de ambos os sexos não conseguem sobreviver no mesmo ambiente de Lester e seus semelhantes. E tenho dito!

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

A Vingança de Marina*


Marina é aquela que podia ser a sua melhor amiga, a sua prima querida ou até você mesma! Marina adora cabelos compridos, comprar sapatos, comer junkie food (sem engordar é lóoogico) e odeia injustiça. Marina tem medo de pombas, pois uma já acertou seu joelho num rasante mal sucedido. Ela queria ter ido fantasiada de sininho no carnaval do pré, mas sua prima mimada teve um ataque de fúria quando viu a fantasia, que inclui mergulhos no chão, puxões no próprio cabelo e por fim, vômito. E sua mãe deu a fantasia de sininho para a prima. Ela foi no carnaval da escolinha vestida de Peter Pan, e se escondeu como pôde quando as tias resolveram dar a ela o prêmio de consolação de melhor fantasia e alguém chamava pelo microfone o Marino. Marina fala “Arnaldo Antunes” e não “Antônio Nunes”. Tomou um porre, achou que era Iemanjá reencarnada e mergulhou no mar de salto alto e rímel. Engoliu quilos de areia. Ela namorou 5 longos anos e levou todas as amigas bêbadas sãs e salvas para casa.

Ela é daquelas amigas que poderia ir na sua casa fazer as suas unhas, daquelas que seriam sua madrinha de casamento, que cuidaria do seu filho pra você poder se depilar. Marina é uma menina legal pra cacete, e é daquelas pessoas que eu particularmente odeio ver se dando mal.

Acontece que tem gente (acredite se quiser) que não enxerga Marina assim, como qualquer um pode ver, tem gente que enxerga na Marina um útero.

Sim, um útero meus poucos (porém queridos e estimados) leitores! Pois Marina é saudável, jovem e bonita. E é um bom útero. E só. Pois era assim que um certo otário enxergava Marina. E foi assim que ele a tratou (muito disfarçadamente) durante 5 longos e ingratos anos.

Ele levava seu útero para passear, comprava presentes para o útero, fazia planos para o útero, dava carinho para o útero. Ele amava o útero, e não porque ele tivesse algum sentimento romântico por um órgão reprodutor comum a todo e qualquer ser humano do sexo feminino. Não minha gente, ele amava o útero porque dele sairiam herdeiros. E é só nisso que o nosso personagem Otário Patriarcalista pensa quando olha pro útero, nos pequeninos Patriarcalistasinhos que vão sair de lá um dia.

Para preservar seu amado Útero/ Marina, Otário decide que vai realizar toda e qualquer putaria e mau-caratismo com outras. E essas outras não são Útero, elas são só vaginas mesmo. E, portanto, não tem a capacidade de dar ao nosso caro Otário os herdeiros que ele tanto espera ter um dia. As outras Vaginas são só pra se divertir mesmo.

E nosso personagem Otário Patriarcalista achou até interessante a idéia de se separar de Marina. Afinal de contas ele teria seu útero de volta a qualquer momento, era só avisá-lo de que ele estava pronto para casar e ter filhos com o Útero. Ele sabia, o Útero estava caidinho por ele.

Acontece que o Otário, imbecil que é, não pensou que a Vagina da vez estaria atenta aos movimentos do Útero e pensaria, muito inocentemente, já que o Otário havia perdido seu Útero amado, era a vez dela ser o útero! Ela seria promovida de vagina a Útero!!! Mas suas esperanças caíram por terra quando Otário foi enfático ao dizer que para ele ela iria ser Vagina para todo o sempre Amém! E que ele iria aproveitar este tempo que estava sem seu Útero para fazer de boba tantas vaginas quantas ele quisesse, e então, quando o Útero estivesse morrendo de saudades eles se casariam e teriam os herdeiros.

Vagina porém tinha um celular! E um celular, caros Otários de plantão, é uma arma poderosa na mão de uma mulher (considere você esta mulher um útero ou uma Vagina). E Vagina tomou coragem e ligou para o Útero/ Marina contando todas as peripécias de Otário nos últimos 2 anos.

E ai minha gente, Marina mostrou para Otário que ela não só não é um Útero, mas que seu cérebro é órgão muito mais importante! Marcou com vagina de se encontrar em um shopping e levou Otário para lá, fingindo uma possível reconciliação. Assim que se sentaram na praça de alimentação Marina começou a relatar para Otário tudo o que descobrira através de Vagina, e assim que ele começou a tentar negar Vagina chegou e se sentou ao lado dele o deixando com cara de, como eu vou dizer, MUITO OTÁRIO!

Marina foi embora e deixou que Otário e Vagina se entendessem na praça do shopping. Saiu de cabeça erguida, balançando os longos cabelos negros ao vento do ar-condicionado e dando esperança a todas as mulheres que um dia foram tratadas como úteros ou vaginas. Pois ela é Marina, e ser Marina, meu caro Otário, é algo que você nunca vai saber o que é, pois nunca enxergou Marina, nunca sentiu Marina, nunca amou Marina.

E Vagina, que é na verdade Renata, talvez tenha começado a se ver também como Renata, já que ela mesma se enxergava apenas como vagina...

*Esse post foi escrito com consentimento de Marina, seu nome foi mudado para preservar sua identidade. Marina é mulher de coragem e sabe que não foi a primeira a ser vítima do estigma da Dupla Moral. Sim minha gente eu estudei questão de gênero na faculdade, na verdade eu fui pesquisadora-bolsista sobre o tema, e um dos conceitos mais bacanas/bizarros é esse. O homem machista latino-americano enxerga duas categorias de mulheres existentes: As Santas e as Putas; as Pra Casar e as pra Comer; As Úteros e as Vaginas. Reduzindo os seres complexos e maravilhosos que somos nós mulheres a esses estereótipos tão pequenos e limitados.

Pois Marina é Santa e Puta, pra Casar e Pra Comer, é Poesia e Prosa, Quente e Frio, é Mãe e Amante. Marina é tudo que ela quiser ser, pois é mulher e por isso é como a Lua, que a é a mesma mas tem várias Faces ( e fases).

Pois é Otário, perdeu Playboy!

Mil vivas à Vingança de Marina! Pelo fim da dupla moral na educação dos nossos meninos!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Downtown

O Centro de São Paulo é um lugar que sempre me inspirou desconfiança. Não só pelas histórias bizarras e macabras (tem a clássica, de que os mendigos promovem churrascos de carne de cachorro aos finais de semana), mas também pelo Globo Repórter, que mostrava aquelas reportagens inesquecíveis sobre batedores de carteira e a famosa cracolândia; e finalmente pelo meu pai que me dava conselhos do tipo “Carregue a mochila na frente” quando sabia que eu ia ter de passar por lá.


Por essas e outras eu tinha medo de ir pro centro. Medo não, cagaço mesmo. Era um lugar que me acuava, me deixava insegura e desconfiando de todo e qualquer transeunte de boné que passasse por mim.

Pois para meu total desespero (e exercício de logística na vida a dois) tive que vir trabalhar no temido Centro de São Paulo nas últimas 2 semanas, lar de mendigos comedores de cachorro, nóias e pombas míopes que voam entre nossas pernas. Munida de mochila na barriga, carregando o peep toe na bolsa pra não enganchar o salto no paralelepípedo, lá fui eu pegar 1 van, metrô com 2 baldeações e 1 carona com Big até chegar a meu destino final, Praça da Sé, São Paulo, Centro.

Uma coisa bizarra do centro é que os prédios (antigos pra dedéu) ficam tão perto uns dos outros, que, dependendo de onde você para, fica difícil enxergar o céu. ME DA.

Mas eis que surge a salvação para minha ica do centro de São Paulo.

Dia 1 -Liquidação da Via Uno na São Bento (carregue o que puder por 29,90 – sapatos e 9,90 – cintos). Preciso dizer que me acabei?

Dia 2 – Visita a uma lojinha insuspeita que vende roupitchas muy guapas para trabalhar por preços módicos, e ainda dão 20% de desconto quando pago a vista (chama Vista a Vida e também fica na São Bento) onde comprei uma saia tulipa chumbo.

Dia 3 – Almoço numa cantina italianíssima no Pátio do Colégio, com direito a gnochi com molho de calabresa, gratinado com mussarela e sobremesa na faixa.

E fácil assim eu comecei a gostar do Centrão. Os prédios não parecem tão assombrados, os transeuntes não parecem malselementos, e os mendigos parecem só mendigos e não comedores de pets.

Além de ser um lugar bacana pra se entender um pouquinho melhor a salada que é a cidade de São Paulo!

Downtown Forever! Seria perfeito se não fosse tão longe da minha casa...

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Big Nazoropa, Theo e eu na roça (...ou a raiz das videocassetadas e Eu preciso dizer que te amo?)

Galera, a foto é meramente ilustrativa ok?Não que o Theo não desse dessas hehehehe


E então eis que meu Big foi passar 2 semanas Nazoropa, a trabalho (novo por sinal) e eu e Theo rumamos para terras interioranas onde moram minha mãe (sobre a qual você pode saber mais AQUI) e meu pai (sobre o meu pai ainda não escrevi um post e fico devendo).
O Theo adora ir pra lá, por vários motivos que seguem:

1- Minha mãe tem uma cachorra, a Tita, que adquiriu um pavor imenso do Theo e seu andador. É só ver o pequeno rebento sobre rodas que ela já vai esconder em qualquer canto obscuro do quintal. Na verdade essa perseguição virou atração lá na minha mãe, tipo coliseu de Roma sabe, a gente soltava os dois no quintal (sob supervisão, é claro) e via o que rolava. Tentamos até fazer uma aproximação amigável entre o cão e o bebê, mas ocorre que ele fica tão afoito pra chegar perto dela que quando chega vai com muita sede ao pote (leia-se, se pendura nas orelhas da pobre, estapeia seu focinho, ou agarra suas pelancas papais com as duas mãozinhas). Enfim, não culpo Tita por não gostar do bebê, se eu fosse ela ia ter menos paciência ainda.

2- Ele passa o dia inteiro no colo. Como as visitas aqui pra São Paulo não são tão frequentes, a galera fica doida pra pegar ele no colo, e ele fica assim, todo importante desfilando com chapéis diferentes a cada passeio (uma mania do meu pai que se estende ao neto).

3- As pessoas dão pra ele todo o tipo de alimento estritamente proibido pela Sociedade Brasileira de Pediatria, até os 5 anos de idade no mínimo. O menu vai de Vaca atolada a Activia, passando por arroz feijão e ovo frito e todo o tipo de queijos e compotas existentes no interior de são Paulo. O que mais posso dizer. Eu sobrevivi.

4- Ele anda descalço (o que não acontece muito aqui em São Paulo porque o chão é frio e eu sou meio neurótica), então cada vez que ele começa a dar uns passinhos com o pé-de-pão no chão é só alegria.

5- Meu pai leva muito jeito pra avô, e ensinou o Theo a fazer boquinha de índio (sabe, falar batendo na boca auauauauauauaua), o Theo engatinha até ele quando ele chega do trabalho e fica todo dengoso com o vovô.

6- O meu irmão é o Tio mais babão do mundo (treinando para ser o Pai mais babão do mundo) mas também é neurótico e preocupado como a irmã que vos fala. Então um dos passatempos prediletos do Theo era chegar bem perto da tomada, botar o dedinho em riste e esperar meu irmão se descabelar. Maldade né, mas ele se divertiu.

7- A minha irmã é muito boba e fazia todo o tipo de idiotices pro Theo rir, e ele ria, e mordia a pobre, e descabelava ela, e picava jornal, e jogava todas as revistas da vovó no chão, e balançava a cabeça estilo rock'n roll, e mastigava todo e qualquer objeto de decoração que estava a seu alcance. Na casa da vovó pode tudo.

8 - Ele cagava e minha mãe achava lindo.

9 - Mijava e minha mãe achava lindo.

10- Chorava e minha mãe também achava lindo.

São 10 ótimas razões pra se gostar da casa da vovó.

* * * *

Preciso revelar aqui que eu descobri como acontecem as videocacetadas com bebês que passam no Faustão. Juro que quando via aquilo achava uma falta de absurdo a mãe do pobre bebê filmando a criança em situação iminente de perigo. Era óbvio que ia dar merda! E dava!
Pois minha gente, estava eu brincando com o Theo na casa da minha mãe quando ele engatinhou até a escada, e muito bravamente resolveu que ia tentar subir. Eu acompanhando tudo muito de perto, vi a criatura subir um degrau e descer de bunda. Umas 10 vezes! Não resisti e peguei a câmera para filmar. E o Theo quando vê a câmera já sabe o que tem que fazer. APARECER. Resolveu subir a escada com uma bolinha na mão, ocorre que a bolinha caiu, e ele não teve dúvida, pulou de cabeça do segundo degrau da escada pra pegar a bolinha. Sim, eu filmei tudo. E não, eu não vou postar o filme aqui pois são cenas fortes! Fortíssimas! Mas graças a Deus o anjo da guarda do Theo é de uma linhagem muito mais nobre do que o meu e ele não ficou nem com a testa roxa.

* * *

Hei, Big, Eu preciso dizer que te amo?

E te ganhar ou perder sem engano, como diria bebel gilberto cantando a letra do cazuza?

Então eu Digo.

Eu te amo! Muito! E quase morri de saudade! Então faz mais isso não tá? Daqui pra frente só sai do pais comigo e a prole hahaha

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Os filhos de Eliza



Eu sei que não costumo tratar de assuntos polêmicos por aqui, mãsss nos últimos dias um certo caso de polícia tem revirado meu estômago. Sim, falo do goleiro do flamengo, time que, me perdoem os flamenguistas, ultimamente mais parece facção do PCC.

O que tem revirado o meu estômago não é o fato de Eliza ter sido sequestrada, estrangulada, esquartejada e que partes de seu corpo alimentaram cães. Nem o fato de Bruno, sem a mínima piedade, a ter levado pra esse destino friamente, prometendo lhe dar um apartamento. Ou o fato da esposa dele, Dayane, ter  tido conhecimento de tudo e permanecido calada.

O que revira meu estômago é saber que um bebê, uma criancinha de 4 meses, que ainda mama no peito presenciou tudo isso, teve a mãe assassinada brutalmente à mando do próprio pai e agora corre o risco de ficar ou com o avô, que é acusado do estupro de uma menina de 10 anos ou com a avó, que abondonou a própria filha quando ela tinha 3 anos.

Por diversas vezes eu quis chorar ao ver as fotinhos do bebê, com o rostinho quadriculado, no colo da mãe,  depois de saber que ele foi arrancado daquele colinho quentinho que parecia o lugar mais seguro e gostoso do mundo, e levado para casa de desconhecidos, até ser resgatado pelo avô estuprador.

Eu queria pegar esse bebê no colo, dar de mamar pra ele, dar um banho bem gosotoso nele pra ele poder brincar na agua da banheira, queria cantar pra ele dormir e por ele no berço, pra ele saber que no dia seguinte ainda ia ter uma família.

Não sei que espécie de mãe Eliza seria, mas já não importa agora, porque ela não pôde nem tentar. Ainda bem que o tal Bruno não vai ter contato com o bebê, porque alguém que acha normal "sair na mão com a esposa" não merece a alegria de ter um filho mesmo. Agora, porquê um bebezinho que já sofreu tanto e já perdeu tanto tem de ficar com um avô estuprador ou uma avó sem coração?

Alôu senhor juiz da vara de família de Foz do Iguaçu, eu nunca pensei em adotar antes, mas o Theo e o Little Big iam mesmo gostar de um irmãozinho, e eu ainda tenho leite e tiraria mais 4 meses de licença maternidade pra amamentar o filho de Eliza, já que ela mesma não pode mais fazê-lo por motivos óbvios. Acalente o meu coração, me deixe cuidar desse bebezinho só um pouquinho pra ele entender que o mundo não é só todo esse horror que ele passou! Quem sabe assim eu durma bem pela primeira vez desde que vi a carinha desse bebê!

Sabe o que dói mais ainda? É imaginar quantos filhos de Eliza existem espalhados por esse país.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Amanhã é 26


Quando eu nasci eu entortei o bico da cegonha, que peidou o caminho inteiro carregando um bebê de 4,5kg. Dizem que a cegonha Velma, que me carregou, pediu demissão no dia do ocorrido e até hoje busca seus direitos junto ao sindicato das cegonhas com LER. No dia que eu cheguei meu pai comprou o Estadão e guardou. Uns 20 anos depois eu achei aquele jornal amarelado, com notícias de um país saído da ditadura, onde se comprava em cruzeiro, cruzado, cruzado novo, sei lá!
Eu fiquei na escolinha, porque minha mãe já era Mothern e trabalhava fora, e o Thiago Brito, meu coleguinha, bateu a porta no meu dedo indicador direito quando eu tinha 3 anos. Minha unha nunca cresce nesse dedo que é o terror das manicures.
Não fui uma criança sozinha, porque tive primeiro um irmão, cujo passatempo predileto era cortar os cabelos das minhas Barbies com tesoura de papel, e na falta das bonecas o meu próprio cabelo servia; e depois uma irmã, que adorava me ver me maquiando e sempre quis ser como eu (tadinha hehehe).
 Eu tive um cachorro que chamava Feliz e que eu achei na rua. A gente ia pra escola na Brasília verde da minha mãe e o Feliz ia correndo atrás.Era quase certo que a brasília ia quebrar uma vez na semana, aí o Garcia vinha e levava a gente pra escola. O Garcia era mecânico e grande defensor dos animais, por isso dava também uma carona pro Feliz voltar pra casa. Eu apanhei da Talita.
Fiz muita roupinha de boneca, li Monteiro Lobato e descobri que eu queria ser escritora!
Fui a adolescente de 13 anos mais feia do mundo! Quis ser bailarina, jornalista, relações públicas, professora. Acabei advogada - mas continuei escritora.
Estagiei em uma cadeia feminina, vi muito sofrimento e percebi que a gente só muda o mundo quando a gente muda.
Voltei pra São Paulo e me apaixonei pelo meu chefe! Meses a fio de paixão platônica, e acabei conquistando o coração do escorpiano. Sabe quando a gente quer ser muito fêmea, e diz que não acredita em príncipe encantado, alma gêmea e tampa da panela? Pois é, caí do cavalo (branco)!
Conquistei Little Big, fui namorada do papai, sonhei em casar pela primeira vez e fui pedida em casamento.
Então tudo o que já tinha acontecido foi fichinha perto do grande acontecimento! Eu era mãe!Durante 9 meses eu tive dentro de mim uma revolução, que quando nasceu me mostrou que nada foi por acaso, que durante todos esses anos eu caminhei na direção dele, daqueles olinhos que viam o mundo pela primeira vez mas que já eram tão sábios!
Eu amamentei, troquei fralda, dei banho, brinquei e brinquei e brinquei... Voltei a trabalhar e me senti culpada, chorei de saudade e quis desistir. Eu já era mãezíssima, daquelas que fazem bolo de cenoura e pedem pra levar um casaquinho.
E assim se foram 26 em 10 parágrafos.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

(Re)Voltando ao Trabalho

Foto Vincent Kessler, Reuters

Na foto, congressista dinamarquesa vota com a filha em cima da bancada do parlamento! Já pensou aqui no Brasil! A gente já aproveitava e jogava a fralda cagada no Sarney!

Deixamos o Theo na Escolinha e ele olhou pra gente e fez beicinho. Pronto! Virei pro Big e disse:- Será que não é melhor voltar pra casa, ele tá chateado! Vou vir buscar ele as 6 e ele vai estar chamando a cozinheira da creche de mãe!
Não colou!
Fui trabalhar com o característico nó na garganta que é item de série de toda mãe, e um letreiro piscando CULPA em letras garrafais na minha testa, mas esse é privilégio de mães que trabalham.
Cheguei no pico e não poderia ser mais estranho, a empresa mudou de prédio enquanto eu estava de licença, portanto além de voltar ao mundo real eu ia ficar perdida na balada, de salto alto e sem o Theo. Ó céus. Achei até esquisito andar por aí sem ele a tira colo, bolsa cheia de badulaques, blusa babada e cantando músicas inventadas por mim mesma, tais como:

"A minha mãe é assim
O amor do neném
E eu fico carrapatinho
E não enxergo mais ninguém"

cantada em ritmo de forró e com coreografia elaborada com jogadinha pra frente (ele adora, um dia eu tomo coragem e posto outras pérolas da música infantil criadas por mim mesma). Apesar de estar sem ele tive umas 3 alucinações com choro de bebê ao longo do dia, além de continuar com a mão cheirando a hipoglós.

Cheguei no andar da minha área e em menos de meia hora todo mundo já tinha visto umas 15 fotos do Theo, em todos os ângulos, e concordado que a Jhonson's Baby tá perdendo muito dinheiro sem o bebê mais fotogênico do mundo em seu casting. Contei sobre a escolinha e como sobre ele já é uma criança de personalidade, cujo passatempo preferido é relaxar na piscina de bolinhas e arrancar o brinco da Tia Socorro (que é berçarista e não deveria trabalhar com um brinco tão grande).

Falei do cocô, da hora do banho, da papinha, de como ele brincou com a terra e nem quis comer, mas quis jogar a caca na cara da mamãe pra ver o que acontecia. Falei um pouco de trabalho mas logo lembrei dele de novo, e do cheirinho, da mãozinha segurando meu queixo. Entrei no banheiro e chorei de saudade.

Chorar no banheiro é assim, um hobby!
Como eu podia deixa-lo? Sozinho, longe da mamãe. Será que ele ia achar que eu não voltaria pra ir buscá-lo? Será que ele ia ficar bem? Comer bem? Será que a berçarista canta pra ele enquanto troca a fralda? Ou dá um abraço gostoso depois do banho? Será que eu ia aguentar guardar em mim, o dia inteiro, todo amor que eu sinto por ele?
Me torturei com perguntas como essa por alguns minutos. Olhei pra minha cara no espelho e decidi que eu era foda, e que eu ia conseguir ser mãe e trabalhar fora, e eu não fui a primeira e nem serei a última. Me encaixei no scarpan de novo e fui decidida pra minha mesa entoando o mantra: "Eu sou foda e o Theo tá bem", "Eu sou foda e o Theo tá bem", "Eu sou foda e o Theo tá bem", "Eu sou foda e... Meu peito ta vazando"! Caralho! Droga! Molhou toda a blusa! Lancei moda no ambiente de trabalho, camisa de alfaiataria com uma rodela de leite em cada peito! Era o fim! Era o cúmulo da falta de glamour empresarial!Glórinha Kalil vomitaria sangue se me visse nesses trajes.

Corri pro ambulatório onde tem uma salinha de amamentação e passei os próximos 50 minutos tirando leite do peito. Voltei pra minha mesa humilhada, cheirando queijo e querendo mais ainda ir embora pra buscar meu bebê.

Revi meus colegas, minhas amigas, percebi que eu virei a consultora oficial para assuntos de gravidez/bebês e percebi que tem um monte de gente que gosta de ouvir as hitórias do Theo, ou pelo menos finge que gosta hehehehehe

Agora o melhor do meu primeiro dia de trabalho foi a hora que o theo me viu na porta da Escolinha, abriu um sorriso e se jogou no meu colo (Logo depois ele começou a tentar arrancar a minha blusa desesperadamente como se fosse a última chance de mamar da vidinha dele).

Ele chegou em casa sem faltar nenhum pedaço, limpinho, cheiroso, bem alimentado! A gente brincou, se curtiu e matou um pouquinho da saudade, porque o resto ele resolveu matar de madrugada, em suaves prestações, costume que obrigou a mamãe a se contentar com 4 horas de sono por noite.

Moral da história, voltar a trabalhar foi muito bom, o Theo fez amigos na escolinha e eu voltei pro mundo real, mas certas coisas nunca mais serão as mesmas na minha vida agora que meus peitos não me obedecem mais!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Fazendo jardinagem

Um breve momento corujento às vésperas de voltar a trabalhar.


"Mãe, eu não acredito que você demorou 7 meses pra me apresentar pra essa terrinha fresca..."



"Dá pra brincar de guerrinha!!!!"



"Arranquei uma margarida do vaso e descobri que ela é maior que o meu dedo. Por pouco tempo. Rá!"


Filho meu! Saudade do seu cheirinho, da sua vozinha, do seu sorrizinho banguela e até do seu chorinho indignado.
Mamãe na crise da volta ao trabalho... Amanhã no fim do dia conto como foi, ó céus...

domingo, 2 de maio de 2010

Movimento "SANGUENOZÖIO" ou NEM SÓ DE FRALDA VIVERÁ A MÃE

INFORMAÇÃO DE ÚLTIMA HORA: AMANHÃ SERÁ VOTADO O PROJETO FICHA LIMPA NA CÂMARA. ELE FOI UMA PROPOSTA POPULAR E IMPEDE QUE PESSOAS COM CONDENAÇÃO NA JUSTIÇA CRIMINAL CONCORRAM EM ELEIÇÕES. OS DEPUTADOS QUEREM MUDAR O TEOR (????) DO PROJETO ANTES DE VOTÁ-LO. OLHO NELES!

Porque além de limpar cocô e dar mamadeira a gente ainda se preocupa com o futuro desse Brasil varonil!

Aderindo ao movimento após votar no Projeto Ficha Limpa, vou divulgar pra vcs o vídeo Ó-TE-MO que a Roberta do piscar de olhos fez. Ela simplesmente ligou pros congressistas, lançou um novo movimento, ao qual eu já aderi, "Mães blogueiras", e colocou certos deputados em mals lençóis

http://www.youtube.com/watch?v=4S82DxhyuiE&feature=player_embedded

Atentem para a  melhor parte .."já estou aqui com a mamadeira na mão..."hahahahaha

e com hipoglós na testa

com o decote babado

há dias sem pentear o cabelo

Portanto não vem me dar resposta atravessada que vc nao sabe do que uma mãe é capaz hahahaha

AMEI

segunda-feira, 26 de abril de 2010

A hora da escolinha

Pronto!


Mochilinha do space cat nas costas, alguns brinquedos queridos, fralda, copinho (porque eu não gosto de mamadeira) hipoglós amêndoas e cobertorzinho... Cheguei no meu primeiro dia de escolinha e não quis beber o suco, mas rolei pela sala de estimulação, puxei o pé da Gabriela (que tem 5 meses e é uma chorona) e até dormi no colo da tia.

Eu nem chorei, minha escola é lega pra caramba!

A minha mãe sim, chorou! Acho que ela tinha que ser amiga da Gabriela... Vai entender essas mulheres viu...

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Vai tomá no SUS!


Devido ao meu já divulgado medo de chegar resfriada ao hospital e ter a perna direita amputada por um médico boliviano numa maca de corredor, evito freqïuentar emergências.
Quando o Theo nasceu tive que superar o medo, já que ou tinha uma parto Juma do Pantanal domiciliar, ou ia pra maternidade. Claro que ameacei o Big de morte caso ele se afastasse de mim durante o trabalho de parto.
Vocês bem sabem que tudo correu bem nas breves 14 horas de trabalho de parto, o Theo nasceu forte e saudável, fez amizades no berçário da maternidade e eu saí de lá andando com as duas pernas! Como pessoa que ainda crê na humanidade, tive que dar o braço (e as pernas) a torcer: Emergência de hospital não era uma coisa assim tãaaao ruim.

Não pestanejei então quando a pediatra do Theo indicou uma médica da Sta Casa de São Paulo pra dar uma olhada nos rins dele. Marcada a consulta fomos eu e minha cria lá pra Sta Cecília, no final da rua da consolação. O Theo todo brejeiro com calça cargo branca e body azul e caramelo, eu de salto alto.
Chegamos no lugar, e, mais uma pra série perdida em São Paulo, eu não sabia onde a médica ia atender a gente.

Nessas horas eu paro por uns momentos de acreditar que a humanidade deu certo! Estava eu com um bebê de nove quilos em uma mão, uma bolsa de uns 10 na outra e ninguém, nenhuma vivalma pra me oferecer ajuda! Beleza, sou mulher pra caralho, o suficiente pra ficar perdida de salto alto, no paralelepípedo com o Theo no colo.

O lugar era enorme, tinha muitos prédios, muitos carros e seguranças que não sabiam dar informação. Chaguei numa capela com o dedão já formando bolha na abertura do peep toe, e achei um transeunte que me apontou vagamente a direção do prédio de especialidades pediátricas. O Theo enquanto isso achava tudo muito legal.

Entramos no prédio, antigo, muito antigo, com escadas demais pra ser um hospital pediátrico e eu vi que meu pesadelo com o médico boliviano era fichinha... A sala de espera era um salão gélido, com bancos de plástico daqueles rodoviária anos 80, que eram insuficientes pra tantas mães com seus bebês e crianças. Uma televisão de 19 polegadas dentro de um quadrado de grades dava o toque final da decoração branco-suja do salão. Cheguei na recepção e falei que tinha hora marcada com a Dra. Fulana. A recepcionista era até esverdeada de tão funcionária pública. E qual não foi minha surpresa quando a mulher verde abriu a porta e mandou que eu entrasse no hospital e procurasse a médica! Quando eu perguntei onde devia procurar ela respondeu: Se vira. SE VIRA! vaca! mal comida! verde! como assim???

Bom, a consulta estava marcada, eu já estava lá e ela já tinha aberto a porta do corredor pra mim. Passei por uma rodinha de medicas e enfermeiras que olhavam animadas um catálogo da AVON enquanto na espera bebês berravam. Perguntei pela doutora fulana mas, e foi aí que eu percebi, assim que passei por aquela porta sem um jaleco branco eu ficara invisível, inaudível, eu era inexistente.
 Continuei até virar a esquerda e dar de cara com uma outra médica, sorridente e aparentemente mais solícita a me dar informações. Engano meu, Ela falava ao celular com alguém que aparentemente estava fora do país enquanto uma mãe que me parecia muito sozinha e preocupada segurava um bebê de mãozinha enfaixada.
Nesse ponto eu tive certeza de que a raça humana foi resultado de um sério acidente laboratorial!
Eu já ia continuar o meu tour de cortar o coração quando fui abordada por uma médica (ou residente, ou estagiária???) extremamente jovem que após analisar as vestimentas do Theo, que ainda achava tudo muito legal,  me disse com propriedade: "Eu acho que vocês estão no lugar errado".

Você acha gata? Eu tenho certeza! Nós estamos no lugar errado! No país errado! No mundo errado! Quando foi que ter o coração arrancado cirurgicamente virou pré-requisito pra ser pediatra do SUS? e porque você tinha tanta certeza que nosso lugar não era lá? Porque eu era uma mãe branca, com um bebê branco que aparentava morar em uma casa com saneamento básico?  Não que aquilo tudo fosse novidade pra mim, que esse país é injusto, desigual e sacana todo mundo está careca de saber, mas é tão cruel quando você está com o seu filho no colo e tudo te dá as costas. Me coloquei no lugar de cada mãe naquele prédio, sentada naquela sala suja olhando praquela vagabunda da recepção, ou num consultório de alguma recém-formada que vai tratar seu filho como se fosse um animalzinho sem dono... Em outros tempos me daria vontade de gritar, ligar pra imprensa, tirar satisfação com o diretor do hospital... mas naquele dia eu só senti foi uma tristeza muito grande e, por incrível que pareça, uma culpa muito grande quando aquela mesma gênia que chegou à conclusào de que eu estava no lugar errado me levou até a clínica onde eram atendidos os pacientes que pagavam a consulta.

Tinha elevador, água, cafézinho, TV de plasma e as recepcionistas eram uniformizadas e bem alimentadas. O Theo foi atendido na hora certa, e na saída o segurança já esperava a gente com o táxi de portas abertas.
Ah, detalhe, fui informada no caminho de que não se marca consulta na Unidades do SUS de especialidades pediátricas da santa Casa de São Paulo. Lá pra ser atendida você e seu bebê precisam exercitar desde cedo seu direito sagrado no Brasil de ser feito de otário, ou seja, chegar cedo, muito cedo, acampar na fila no sereno com um bebê de colo para, quem sabe, conseguir depois de 6 horas encontrar a médica no labirinto que é o corredor da pediatria. Antes, é claro, que comecem as consultas particulares agendadas pelo especialista.

Já dizia o saudoso Renato Russo: A humanidade é desumana!

sexta-feira, 26 de março de 2010

Campanha CONSERTA O NARIZ FERNANDA

Minhas preces foram ouvidas e a Fernanda ganhou a prova do líder de ontem!

Agora vou começar a campanha pra ela ganhar o programa, já que só com Um milhão e meio pra consertar esse nariz torto! Quer argumento melhor?

quarta-feira, 24 de março de 2010

Esse Mundo tá Perdido

Caralho!!!

Agora que deixaram a psicopata sem futuro e dançarina de puteiro profissional da LIA do BBB só falta os Nardoni serem inocentados e a Dilma ganhar as eleições.

Pronto falei

TO BBBEGE GENTE!!!

quinta-feira, 18 de março de 2010

Corra Mamãe, CORRA!

Nem tudo são flores... Ou melhor, nem tudo são sorrisinhos, cheirinho de bebê, descobertas, carinhos.
Ser mãe tem um lado negro da força, que é na verdade uma parcela considerável da tarefa. Mas como a gente é mãe, e mãe é tudo boba mesmo,  a incursão no lado negro sempre vale a pena quando vemos o resultado!

Mas eu seria desonesta se não compartilhasse aqui os sentimentos nada nobres que podem passar pelo coração de uma mãe. Eu quis sair correndo!

Da minha casa, do meu espelho, do choro do meu filho com febre, do meu apartamento, da ex do Big, de pessoas inconvenientes da família que eu simplesmente não posso fazer virar fumaça... Eu quis chorar num cantinho, sozinha, por uns 20 minutos ouvindo Shakira cantar "Si te vás". Eu quis levantar da cama, fazer uma escova, botar um salto alto e ser feliz!

Mas o Theo tinha tomado vacina e chorava muito, com febre! Eu estava com sono, muito sono, preparei um banho pra ele, pra tentar baixar a febre. Minha cabeça explodia com aquele chorinho insistente. Peguei ele no colo e como se eu apertasse um botão de "eject" ele vomitou..
No meu cabelo, no meu peito, na minha perna, no meu chinelo. Merda. Vomitou de novo. No chão, no espelho, no carrinho dele e na girafa de pelúcia.
Coloquei ele no berço todo vomitado e fui limpar o estrago. Foi então que eu vi. Uma mulher ou um saco de batatas? Eu chorei. Sentei no chão vomitado e enquanto ouvia meu filho chorar chorei também. Eu não consigo ser tudo! Eu não preciso ser tudo...

Uma mãe de primeira, a madrasta mais legal, a atual mulher perfeita pra ex mulher, a terapeuta familiar pra familiares que não querem fazer terapia, a advogada bem empregada como auditora em banco, a namorada gostosa do meu Big, a mulher bem resolvida com seu corpo pós maternidade, aquela que consegue ficar mais magra do que antes de engravidar, a blogueira que só escreve textos bem humorados.

Eu tava chata, triste, acabada. Eu não tinha graça nenhuma. E tinham vomitado em mim Porra (No quesito vomito não importa se foi do seu filho, você sempre sai humilhada da situação).

Fica a dica.
1. Vacina de pneumonia da uma reação do caralho. Prepare-se com antecedência.
2. Chorar é sempre bom nessas horas.
3. Sentar no vômito não.

Ps: Se eu conseguir ser só boa mãe e madrasta, a namorada gostosa e continuar empregada já to feliz! O Resto, que se foda que eu sou FODA!!!

Ps2: O Theo é lindo demais! E ele pode vomitar em mim denovo que eu não guardo rancor, só não mira no cabelo né filhote...


Ps3: O Big me acha gotosa pra caralho. Foi ele que disse, juro!

Ps4: Foto do Theo tirada pelo paparazzo Little Big.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Dogmas da Pós-Maternidade


Depois de 9 meses de gestação, e agora após 4 meses de exercício 24 por 48 da função mãe-do-Theo, eis que me vejo já discorrendo um tratado sobre todas as mãezices que minha mãe fez comigo e eu me vejo repetindo, aliás, esse é o meu primeiro dogma da maternidade. Segue a singela lista:

1. Se você acha que vai virar mãe e fazer tudo diferente do que sua mãe fez com você... I'm so sorry baby! Você é sim uma cópia malacabada da sua própria progenitora, isso inclui o apelido vexatório na porta da escola e o corte de cabelo xitãozinho-e-xororó na 3a série;

2. Quando o bebê nasce o corpo da mãe desenvolve mais 4 braços. Eu agora, por exemplo, digito o post, dou de mamar, tiro o esmalte, mudo de canal e bato palma ao mesmo tempo;

3. Mãe acha limpar com saliva a coisa mais lógica do mundo. Ela já tirou cocô da sua bunda, você já vomitou nela, babou nela, mijou nela...  Agora me dá um bom motivo pra ela não poder passar cuspe na sua cara!

4. Se um dia você tiver vergonha porque sua mãe dança esquisito pode ter certeza que a culpa é sua. As coreografias pra fazer o bebê comer, tomar suco ou não chorar enquanto a mamãe toma banho são elaboradíssimas.

5. Depois que a gente é mãe passa a ter muita, mas muita raiva de má mães. Ana Carolina Jatobá, A mãe da Maísa e  a Tessália (vamo combiná que deixar a filha ao léo pra entrar no Big Brother e se esfregar embaixo do edredom com um albino que já tinha namorada não é coisa de boa mãe fazer) deveriam ser castradas manja? Solução radical já, Tolerância Zero!

6. Na mesma linha, pessoas que não deveriam ter filhos; Segue o top five do gênero masculino.

1o - Alexandre Nardoni
2o - Pai do Alexandre Nardoni
3o - Mick Jager
4o - Gugu Liberato
5o - Michael Jackson

7. Mãe sempre tem razão quando manda pegar um casaquinho, não comer cachorro quente na rua ou não tentar imitar o Circo do Seu Léu na bicicleta.

8. A gente vira um poço de altruísmo, porque bem lá no fundo a gente sabe que o motorista imbecil do carro da frente já foi um neném, que a mãe dele cantava Saltimbancos pra ele dormir, tomava a tabuada e tirava satisfação na escola quando ele apanhava. Portanto, em consideração às mães de todos os babacas do mundo, a gente acaba ficando mais tolerante. (Sobre essa assunto eu sugiro a música "Saiba" do Arnaldo Antunes... Saiba, todo mundo foi neném, Hitler, Einstein e Sadam Hussein...)

9. Sua bondade aumenta, sua tolerância aumenta, sua paciência aumenta, enfim seu coração aumenta. Só isso explica eu ter alugado uma maquininha de tirar leite pra ordenhar a Vaca Tussa (essa da Vaca Tussa é ótima. Meu Primo de 5 anos: Sabe a Vaca Tussa? Minha irmã Olho Junto: não é a Vaca Tussa, é nem que a vaca tussa! Meu primo: Ahh, então você também não sabia que ela chamava Tussa...) que vos fala e doar o leite (litros!) que sobra no sutiã 84 pros bebês sem leite do Hospital da USP.

10. A gente olha pra trás e tudo que passou não foi nada, não teve graça nem importância. A maior aventura que pode existir é poder olhar pra alguém e chamar de filho.