segunda-feira, 26 de julho de 2010

Big Nazoropa, Theo e eu na roça (...ou a raiz das videocassetadas e Eu preciso dizer que te amo?)

Galera, a foto é meramente ilustrativa ok?Não que o Theo não desse dessas hehehehe


E então eis que meu Big foi passar 2 semanas Nazoropa, a trabalho (novo por sinal) e eu e Theo rumamos para terras interioranas onde moram minha mãe (sobre a qual você pode saber mais AQUI) e meu pai (sobre o meu pai ainda não escrevi um post e fico devendo).
O Theo adora ir pra lá, por vários motivos que seguem:

1- Minha mãe tem uma cachorra, a Tita, que adquiriu um pavor imenso do Theo e seu andador. É só ver o pequeno rebento sobre rodas que ela já vai esconder em qualquer canto obscuro do quintal. Na verdade essa perseguição virou atração lá na minha mãe, tipo coliseu de Roma sabe, a gente soltava os dois no quintal (sob supervisão, é claro) e via o que rolava. Tentamos até fazer uma aproximação amigável entre o cão e o bebê, mas ocorre que ele fica tão afoito pra chegar perto dela que quando chega vai com muita sede ao pote (leia-se, se pendura nas orelhas da pobre, estapeia seu focinho, ou agarra suas pelancas papais com as duas mãozinhas). Enfim, não culpo Tita por não gostar do bebê, se eu fosse ela ia ter menos paciência ainda.

2- Ele passa o dia inteiro no colo. Como as visitas aqui pra São Paulo não são tão frequentes, a galera fica doida pra pegar ele no colo, e ele fica assim, todo importante desfilando com chapéis diferentes a cada passeio (uma mania do meu pai que se estende ao neto).

3- As pessoas dão pra ele todo o tipo de alimento estritamente proibido pela Sociedade Brasileira de Pediatria, até os 5 anos de idade no mínimo. O menu vai de Vaca atolada a Activia, passando por arroz feijão e ovo frito e todo o tipo de queijos e compotas existentes no interior de são Paulo. O que mais posso dizer. Eu sobrevivi.

4- Ele anda descalço (o que não acontece muito aqui em São Paulo porque o chão é frio e eu sou meio neurótica), então cada vez que ele começa a dar uns passinhos com o pé-de-pão no chão é só alegria.

5- Meu pai leva muito jeito pra avô, e ensinou o Theo a fazer boquinha de índio (sabe, falar batendo na boca auauauauauauaua), o Theo engatinha até ele quando ele chega do trabalho e fica todo dengoso com o vovô.

6- O meu irmão é o Tio mais babão do mundo (treinando para ser o Pai mais babão do mundo) mas também é neurótico e preocupado como a irmã que vos fala. Então um dos passatempos prediletos do Theo era chegar bem perto da tomada, botar o dedinho em riste e esperar meu irmão se descabelar. Maldade né, mas ele se divertiu.

7- A minha irmã é muito boba e fazia todo o tipo de idiotices pro Theo rir, e ele ria, e mordia a pobre, e descabelava ela, e picava jornal, e jogava todas as revistas da vovó no chão, e balançava a cabeça estilo rock'n roll, e mastigava todo e qualquer objeto de decoração que estava a seu alcance. Na casa da vovó pode tudo.

8 - Ele cagava e minha mãe achava lindo.

9 - Mijava e minha mãe achava lindo.

10- Chorava e minha mãe também achava lindo.

São 10 ótimas razões pra se gostar da casa da vovó.

* * * *

Preciso revelar aqui que eu descobri como acontecem as videocacetadas com bebês que passam no Faustão. Juro que quando via aquilo achava uma falta de absurdo a mãe do pobre bebê filmando a criança em situação iminente de perigo. Era óbvio que ia dar merda! E dava!
Pois minha gente, estava eu brincando com o Theo na casa da minha mãe quando ele engatinhou até a escada, e muito bravamente resolveu que ia tentar subir. Eu acompanhando tudo muito de perto, vi a criatura subir um degrau e descer de bunda. Umas 10 vezes! Não resisti e peguei a câmera para filmar. E o Theo quando vê a câmera já sabe o que tem que fazer. APARECER. Resolveu subir a escada com uma bolinha na mão, ocorre que a bolinha caiu, e ele não teve dúvida, pulou de cabeça do segundo degrau da escada pra pegar a bolinha. Sim, eu filmei tudo. E não, eu não vou postar o filme aqui pois são cenas fortes! Fortíssimas! Mas graças a Deus o anjo da guarda do Theo é de uma linhagem muito mais nobre do que o meu e ele não ficou nem com a testa roxa.

* * *

Hei, Big, Eu preciso dizer que te amo?

E te ganhar ou perder sem engano, como diria bebel gilberto cantando a letra do cazuza?

Então eu Digo.

Eu te amo! Muito! E quase morri de saudade! Então faz mais isso não tá? Daqui pra frente só sai do pais comigo e a prole hahaha

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Os filhos de Eliza



Eu sei que não costumo tratar de assuntos polêmicos por aqui, mãsss nos últimos dias um certo caso de polícia tem revirado meu estômago. Sim, falo do goleiro do flamengo, time que, me perdoem os flamenguistas, ultimamente mais parece facção do PCC.

O que tem revirado o meu estômago não é o fato de Eliza ter sido sequestrada, estrangulada, esquartejada e que partes de seu corpo alimentaram cães. Nem o fato de Bruno, sem a mínima piedade, a ter levado pra esse destino friamente, prometendo lhe dar um apartamento. Ou o fato da esposa dele, Dayane, ter  tido conhecimento de tudo e permanecido calada.

O que revira meu estômago é saber que um bebê, uma criancinha de 4 meses, que ainda mama no peito presenciou tudo isso, teve a mãe assassinada brutalmente à mando do próprio pai e agora corre o risco de ficar ou com o avô, que é acusado do estupro de uma menina de 10 anos ou com a avó, que abondonou a própria filha quando ela tinha 3 anos.

Por diversas vezes eu quis chorar ao ver as fotinhos do bebê, com o rostinho quadriculado, no colo da mãe,  depois de saber que ele foi arrancado daquele colinho quentinho que parecia o lugar mais seguro e gostoso do mundo, e levado para casa de desconhecidos, até ser resgatado pelo avô estuprador.

Eu queria pegar esse bebê no colo, dar de mamar pra ele, dar um banho bem gosotoso nele pra ele poder brincar na agua da banheira, queria cantar pra ele dormir e por ele no berço, pra ele saber que no dia seguinte ainda ia ter uma família.

Não sei que espécie de mãe Eliza seria, mas já não importa agora, porque ela não pôde nem tentar. Ainda bem que o tal Bruno não vai ter contato com o bebê, porque alguém que acha normal "sair na mão com a esposa" não merece a alegria de ter um filho mesmo. Agora, porquê um bebezinho que já sofreu tanto e já perdeu tanto tem de ficar com um avô estuprador ou uma avó sem coração?

Alôu senhor juiz da vara de família de Foz do Iguaçu, eu nunca pensei em adotar antes, mas o Theo e o Little Big iam mesmo gostar de um irmãozinho, e eu ainda tenho leite e tiraria mais 4 meses de licença maternidade pra amamentar o filho de Eliza, já que ela mesma não pode mais fazê-lo por motivos óbvios. Acalente o meu coração, me deixe cuidar desse bebezinho só um pouquinho pra ele entender que o mundo não é só todo esse horror que ele passou! Quem sabe assim eu durma bem pela primeira vez desde que vi a carinha desse bebê!

Sabe o que dói mais ainda? É imaginar quantos filhos de Eliza existem espalhados por esse país.