segunda-feira, 27 de outubro de 2008

A Namorada do papai




Namorar não é fácil. Isso é ponto pacífico, e pra quem ainda não conseguiu se conformar com a complexidade do assunto eu indico os meus terapeutas de plantão lá no Divã Rosa Choque, sempre prontos a sanar dúvidas estúpidas de pessoas idiotas como eu.
Partindo dessa premissa, de que o negócio é um angu de caroço, podem existir outros fatores que complicam ainda mais o já complexo relacionamento amoroso. Se você não tem 13 anos (nem seu namorado) muito provavelmente existirão ex-namoradas. De uma escala de 0 a 10 esse probleminha vale 1,5. Se você e seu namorado tem até 20 anos, pais ciumentos e mães possessivas são outro embaraço. Grau 5 na escala de complicação.
Agora se você e/ou seu namorado tem entre 25 e 30 anos e um de vocês já foi “juntado”e tem um filho, o problema passa pro grau máximo (10). Pois, além da ex-quase-esposa-de-fato-mas-não-no-papel, tem o filho, que infelizmente (pra você) não nasceu de chocadeira. A mãe-ex quase esposa-hoje-dependente-de-pensão já foi objeto de pesquisas seríssimas na rede Globo de televisão, e lidar com elas é coisa que o Manoel Carlos ensina no estilo cartilha! Manda a ex-quase-esposa-de-fato-mas-não-no-papel pra uma Associação de Mulheres Loucas e Afetadas (AMULA) lá no Projac e seja feliz com seu namoradão.

Mas o pimpolho não... Esse assunto é tão delicado quanto o beijo gay, e por isso nem a Grobo conseguiu fazer nenhuma novela sobre tal assunto. Por isso, eu, namoradona de um Papai que sou, bolei um experimento naipe regressão (que certamente será criticado pelos meus amigos do Divã). Me imaginei no lugar de Biggzinho, o filho do Big de seis anos, e descrevi o que eu acho da Namorada do Papai...(vulgo, eu, esta que vos fala, SOL)

A Namorada do Papai na visão de Biggzinho!

Eu, Biggizinho, tenho 6 anos,e assim como a maioria de vocês, cresci (isso porque eu já sou grande pra cacete hoje) ouvindo histórias horríveis sobre madrastas. Elas sempre foram perigosíssimas, davam alimentos envenenados às pobres enteadas, faziam com que elas enfiassem os dedos desavisados em brinquedos ponteagudos e obrigavam as moças a usar trajes mega bregas enquanto faxinavam a casa. Sim, as madrastas sempre foram o pesadelo da ANVISA, do INMETRO e da Glórinha Kalil, juntos, de mãos dadas.
Com tanta perversidade e falta de noção de moda assim, eu sempre as odiei muito. E um dos piores pesadelos da minha vida era que meu pai um belo dia aparecesse com uma sirigaita na minha casa, que logo ofereceria algum alimento suspeito para o meu pronto consumo.
Madrastas eram as piores vilãs no imaginário de uma criança. Elas podiam até parecer bonitas, mas na verdade era tudo feitiçaria, macumba da braba, quando o feitiço acabava aparecia até uma pereba na ponta do nariz, naipe a bruxa do Chapolin.

Mas os tempos são outros, euzinho mesmo já nasci depois de 2001, sabendo que nenhum obelisco seria encontrado e mudaria a história da humanidade, fazendo com que Kubrick se conformasse que a única coisa legal do filme foi a música e o maior lapso temporal da história do cinema. Madrasta agora é coisa do passado! A pior Vaca que pode aparecer na vida de uma criança hoje tem outro nome, na verdade é um nome composto. Ela é a namorada do papai.
A Namorada do Papai só gosta do papai e seu plano maligno é ter com ele outros filhos, que eu vou odiar pro resto da vida e que roubarão a minha atenção, meu quarto, meus brinquedos, minha herança e MEU PAI-HERÓI.
A namorada do papai tem táticas muito mais elaboradas que a velha e ultrapassada maçã zoada. Geralmente ela é muito legal com os meus amiguinhos, que ocasionalmente acabam me perguntando se aquela não é a minha mãe, e quando eu respondo que não (claro que não, a minha mãe é muito mais bonita) rola um “Ahhhhhhh...”de lamentação geral.

Ela é muito legal com o meu pai também, e na minha frente finge que é só amiga dele, mas eu já vi eles beijando na boca, de cantinho de olho. O Papai parece que fica bobão perto dela, e leva ela nos aniversários dos meus amiguinhos ao invés de levar a minha mãe. Nessas festinhas todo mundo conversa com ela na maior cara de pau, e parece até que gostam daquela chata feia e boba!

Esses amigos do papai são todos tolinhos! E no fundo só a mamãe me entende, fala mal da namorada do papai pra mim, se recusa a freqüentar os mesmos lugares que ela e acredita na minha teoria de que ela dopa meu pai todas as sextas feiras pra ele passar o fim de semana na compania daquela bruxa. Um dia todos eles irão se arrepender de ter me deixado nas mãos deste projeto de Ana Carolina Jatobá!
Eu espero que um dia desses ela tropece do salto, desequilibre com o peso do peito e caia de cara no chão só pra eu chegar em casa e imitar tudo em câmera lenta pra minha mãe ver, ela vai adorar... (risada maligna)
Tudo bem vai, antes eu quero jogar mais umas 5 partidas de Play Station 2 com ela, porque as vezes, quando ela finge que gosta de mim e tenta me agradar, eu aproveito finjo que acredito e até acho legal. Só que pra minha mãe eu só conto a parte em que ela se machuca! Hehehehehehe

Pronto! Cacete viu! Que idéia brilhante me colocar (com a minha mente maligna) no lugar do Biggzinho! Agora só ando de havaianas perto dele... Pestinha! Humpf.
Ps: E Play Station 2 também só jogo o Mario Bros, porque nos jogo de monstro eu sempre perdia pra ele!

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Quem Decide quando quer ser otária?


É extremamente difícil pra uma qualquer pessoa do sexo feminino perceber a linha tênue que separa a mulher comum da otária. Na maioria das vezes a gente não sabe qual vai ser a nossa reação, ser otária quase nunca é uma escolha, é na verdade um fardo a carregar. Essa é uma grandessíssima injustiça! A gente tinha que ter o direito de decidir! Lutemos pela liberdade! Façamos um “Voce Decide quando quer ser otária”! Vou começar o movimento aqui pelo Blog com situações total e completamente hipotéticas, apresentaremos a reação da(s) otária (s), e em contra partida, outra opção pro final da história, apresentada, é claro, por Antônio Fagundes careca em 1992.

* Os nomes dos personagens foram trocados, qualquer semelhança com histórias reais é mera coincidência e a autora não se responsabiliza pela divulgação dessas situações.

Situação hipotética 1

Era uma vez Little Big, há muito tempo atrás ele deu uns pegas em VacaPri (otária “a”). VacaPri gostou do trato e começou a achar que era a Ms. Little Big oficial. Little Big, malandro que só, não desmentiu nem confirmou e deixou VacaPri em stand by. Eis que nesse meio tempo surge Solange (otária “b”), que se torna de fato a Ms. Little Big, conseqüentemente lançando por terra os planos de VacaPri de casar, constituir família e fazer mais 5 plásticas antes os 40. Sem se dar por vencida, VacaPri liga 12 vezes no celular de Little Big, numa madrugada de sábado a noite.

Final 1

Reação da otária “a”: Diz que sentou doze vezes sem querer sobre o celular desbloqueado durante uma madrugada de sábado a noite, pressionando em todas elas a tecla de ‘redial”. Logo após o ocorrido faz uma lipo na barriga e viaja para a Europa pra mostrar pra Little Big como é bem resolvida. No avião se entope de Nutela com amendoim, passa a viagem inteira ouvindo Laura Pausini e com vergonha de sair do hotel devido a uma espinha que mais parece uma anomalia genética que ocasiona o crescimento de um segundo nariz sobre o nariz original.

Reação da otária “b”: Como toda boa otária, acredita que VacaPri realmente estava fazendo agachamentos com o celular no bolso em uma madrugada de sábado a noite, e na série de 12 repetições do exercício sentou 12 vezes sobre o celular. Além disso, acredita que o fato de Little Big ligar pra VacaPri desejando boa viagem quer dizer que a plástica de Vaca realmente ficou boa, e começa a contar o dinheiro da poupança pra ver se dá pra fazer uma (e aproveitar pra tirar um pouco dos peitos também).

Final 2

Se VacaPri não tivesse atravessado a linha tênue...

Ela perceberia que perdeu a vez, e que se ligou mais de 3 vezes no celular de alguém e essa pessoa não atendeu é porque realmente não queria falar com ela, não importa o quão bêbada e looser ela estivesse, e que a desculpa de ter sentado no aparelho é mto deprimente. Eu por exemplo reponderia de pronto: Isso sempre acontece comigo! Vc acredita? Outro dia a minha chefe me perguntou se eu tinha ligado pra ela 58 vezes no domingo a tarde!!! E meu primo!!! Foram 36! Certamente meu celular está possuído por um espírito maligno. Oxalá Paiê Ogum, ê, ê!!!! (fazendo movimentos característicos do desencapetamento no candomblé)
Ela faria sim a porra da lipo, mas não contaria pra ninguém, iria pra Europa e conheceria um gringo, casaria, viraria madame e nunca mais pensaria em Little Big.

Se Solange não tivesse atravessado a Linha Tênue...

Ela ficaria realmente com pena de VacaPri, uma pessoa que tem mais de 30 anos e é tão otária a ponto de ligar 12 vezes no celular de um cara que não atendeu nenhuma e tem namorada é digna de terapia. A loucura é tanta que até na faca a pobre otária entrou! O fato de Little Big ter desejado a VacaPri uma boa viagem quer dizer apenas isso, literalmente, vá com deus! (mas mesmo assim pensaria na hipótese remota, de um dia, quem sabe, na hora do desespero da pelanca, também fazer uma lipo).

Pronto, agora, Você Decide quando quer ser otária! Se você acha que otária “a”deve dar a desculpa da bundada no celular e que otária “b”deve acreditar ligue 0800 -11 4442, mas se vc acha que otária “a”deve dizer que seu celular foi possuído por um espírito maligno, e que otária “b” deve achar que ela é louca ligue 0800 – 11 4443.

Mas minha gente, uma coisa eu tenho que admitir, seja qual for o final escolhido, quando qualquer mulher está apaixonada ela vira, automáticamente uma otária em potencial, e parafraseando o poeta fodidão, toda mulher apaixonada é uma otária, se não fosse otária não seria uma mulher apaixonada...

Ass: Otária da Vez

Ps: Mas não vão achando que eu acreditei na desculpa do agachamento no celular né!!! Pra cima de moi???

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Madá, DJ Gésus e o fato histórico que amaldiçou minha vida para todo o sempre Amém!

Israel, cidade santa, ano 33 d.c.


*

Lá estava eu, Sol, em minha primeira encarnação nesta terra.
Tinha lá meus 24 anos e tentava sobreviver dignamente como bailarina em eventos para os oficiais romanos. Um trabalho deveras desgastante (oficiais romanos não se contentam com perfomances pouco desenvolvidas, eles querem coreografias elaboradas com muita arte!)
Eu vivia momentos de tensão, pois as balilarinas egípicias estavam apelando no rebolado do pancep’s na dança do ventre.
Eu tinha que inovar, criar um novo conceito em bailado para o entretenimento militar, eu tinha que segurar a platéia até o fim!

Opa, pérai Segura! Amarra! Segura e Tchãnnn, amarra e tchãnnn, segura e tchãnn, tchãann, tchãnnn, tchãann, tchãannnn (jogando frenéticamente o cabelinho sarará de um lado pro outro)! É isso! Eureka! Meus problemas acabaram! Saí serelepe comemorando meu novo pulo-do-gato coreografico e já imaginando uma mini-burka decotada, azul de bolinhas pretas e meu novo penteado a base de água e neutrox para combinar com a coreografia!

Minha euforia era tanta que eu precisava descontar a ansiedade até encontrar a primeira balada de soldados romanos para mostrar-lhes minha mais nova invenção, ficar milionária e ir pra balada tomar vinho com energético com a minha brother, Maria Madalena, para os íntimos Madá.
Procurei algo para apertar, chutar, pular em cima pra aliviar a euforia, e só achei um favo-de-mel! Meti na boca e saí mastigando em busca de um inferninho pelas ruas da Terra santa. Tinha inventado o Segura o tchãn e o chiclete na mesma tarde! Eu era um gênio.

Foi então que avistei, lá, ao longe, a maior rave de todos os tempos! Vários soldados romanos usando um penteado que viria a ser conhecido como moicano dai uns 2000 anos, todo mundo já muito louco, suando e gritando, três DJs fazendo uma performance maluca em cima de cruzes de madeira...
Pensei com meus botões: Essa é a oportunidade de entrar para a história! Não tive dúvida, subi até a cabine dos DJ’s, cuspi o chiclete e colei na cruz pra não atrapalhar minha concentração e executei: Segura o Tchãnnn, amarra o tchãnnn, segura o tchãnn, tchãann, tchãnnn, tchãann, tchãannn! A Madá gostou tanto que tirou o véu e rodopiou sobre a cabeça no maior estilo “Tira a camisá! Tira a camisá! Tira a camisá! Levanta pro alto e começa a rodar!”(coreografia que também veio a se tornar um rit do verão do ano 36 d.c. entre os Celtas e Anglo-saxônicos).

E assim se explica o calvário dessa que vos fala! EU COLEI CHICLETE NA CRUZ E DANCEI O TCHÃN USANDO TRAJES MÍNIMOS DE BOLINHAS PRETAS DE FRONTE A GÉSUS, O CARA, OU MELHOR, O FILHO DO CARA!

Essa é a única explicação lógica pra ter caído uma gaveta no meu dedão as 6 e 30 da madrugada e eu ainda ter que ir trabalhar de scarpan!

Notas:
No fundo eu sempre soube que a Madá me levaria pro mal caminho! Féla da Puta! Ela fica pelada na balada e quem se fode sou eu !!!

Esse tal de DJ Gésus tava pegando ela há tempos, tenho certeza....

Madá, na foto que ilustra o post, ela ficou famoséeerrima e eu levo gavetada no dedão. Esse mundo cristão é mto injusto merrmo...

A história da Rave na terra santa pode ser confirmada pelo DVD do Terça Insana. Sutiã 44 recomenda
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