sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Dogmas da Pós-Maternidade


Depois de 9 meses de gestação, e agora após 4 meses de exercício 24 por 48 da função mãe-do-Theo, eis que me vejo já discorrendo um tratado sobre todas as mãezices que minha mãe fez comigo e eu me vejo repetindo, aliás, esse é o meu primeiro dogma da maternidade. Segue a singela lista:

1. Se você acha que vai virar mãe e fazer tudo diferente do que sua mãe fez com você... I'm so sorry baby! Você é sim uma cópia malacabada da sua própria progenitora, isso inclui o apelido vexatório na porta da escola e o corte de cabelo xitãozinho-e-xororó na 3a série;

2. Quando o bebê nasce o corpo da mãe desenvolve mais 4 braços. Eu agora, por exemplo, digito o post, dou de mamar, tiro o esmalte, mudo de canal e bato palma ao mesmo tempo;

3. Mãe acha limpar com saliva a coisa mais lógica do mundo. Ela já tirou cocô da sua bunda, você já vomitou nela, babou nela, mijou nela...  Agora me dá um bom motivo pra ela não poder passar cuspe na sua cara!

4. Se um dia você tiver vergonha porque sua mãe dança esquisito pode ter certeza que a culpa é sua. As coreografias pra fazer o bebê comer, tomar suco ou não chorar enquanto a mamãe toma banho são elaboradíssimas.

5. Depois que a gente é mãe passa a ter muita, mas muita raiva de má mães. Ana Carolina Jatobá, A mãe da Maísa e  a Tessália (vamo combiná que deixar a filha ao léo pra entrar no Big Brother e se esfregar embaixo do edredom com um albino que já tinha namorada não é coisa de boa mãe fazer) deveriam ser castradas manja? Solução radical já, Tolerância Zero!

6. Na mesma linha, pessoas que não deveriam ter filhos; Segue o top five do gênero masculino.

1o - Alexandre Nardoni
2o - Pai do Alexandre Nardoni
3o - Mick Jager
4o - Gugu Liberato
5o - Michael Jackson

7. Mãe sempre tem razão quando manda pegar um casaquinho, não comer cachorro quente na rua ou não tentar imitar o Circo do Seu Léu na bicicleta.

8. A gente vira um poço de altruísmo, porque bem lá no fundo a gente sabe que o motorista imbecil do carro da frente já foi um neném, que a mãe dele cantava Saltimbancos pra ele dormir, tomava a tabuada e tirava satisfação na escola quando ele apanhava. Portanto, em consideração às mães de todos os babacas do mundo, a gente acaba ficando mais tolerante. (Sobre essa assunto eu sugiro a música "Saiba" do Arnaldo Antunes... Saiba, todo mundo foi neném, Hitler, Einstein e Sadam Hussein...)

9. Sua bondade aumenta, sua tolerância aumenta, sua paciência aumenta, enfim seu coração aumenta. Só isso explica eu ter alugado uma maquininha de tirar leite pra ordenhar a Vaca Tussa (essa da Vaca Tussa é ótima. Meu Primo de 5 anos: Sabe a Vaca Tussa? Minha irmã Olho Junto: não é a Vaca Tussa, é nem que a vaca tussa! Meu primo: Ahh, então você também não sabia que ela chamava Tussa...) que vos fala e doar o leite (litros!) que sobra no sutiã 84 pros bebês sem leite do Hospital da USP.

10. A gente olha pra trás e tudo que passou não foi nada, não teve graça nem importância. A maior aventura que pode existir é poder olhar pra alguém e chamar de filho.

16 comentários:

Paloma disse...

Exatamente tudo isso e mais um pouco...heheheh...bjo
Paloma e Isa

Lígia disse...

Eu gostei do teu blog! Legal mesmo, voltarei sempre.

Bell Bastos disse...

Que maravilha você ter voltado a postar, Sol! *0*

Esse post ficou lindo! E acho maravilhoso você ter a atitude de doar leite para um hospital.

Ser mãe é se tornar uma das pessoas mais maravilhosas do mundo! Falando nisso até lembrei da minha santa mãezinha. =D

E não se compare a Vaca Tussa! Aposto como você é bem melhor que ela. auhaua

Beeeeijos e saudade do seu blog,
Bell.

Tibira disse...

Saudades demais... Beijos

Liliana Rosa disse...

Fantástico post querida, só nós mães que entendemos essas coisas. E o mais impressionante é que só entendemos no momento em que passamos do posto de filha para o posto de mãe.

Karina Mancini disse...

Oi Mari.
Que post lindo!!!

Estava com saudades...

Um beijão para você e para o Theozinho!

Sâmia disse...

Ai, que fofa! Sortudo o Theo, por ter uma mãe como você. Não vejo a hora disso tudo também acontecer comigo... Bjs!!!

Diane Lorde disse...

Hum... a paciência aumenta? Sei não a minha não anda lá estas coisas e olha que também sou vaca leiteira (digo) mãe nova há 4 meses...srsr
Desenvolvi muitas habilidades com os 4 braços e inúmeras outras habilidades quando aquele famigerado único braço que te sobrou (porque o outro obviamente esta ocupado segurando a cria).
Adoro seus textos. Parabéns!

Sol! disse...

Pessoas queridas! Eu também estava com saudades daqui! Tá meio difícil ter tempo de escrever, to pensando seriamente em adquirir unm daqueles softwares auto-digitadores pra poder postar sem mãos hohoho.

Sâmia, anima gata! O Theo precisa mesmo de um amiguinho(a) de boa íncole!

Diane, li seu post sobre a escolinha... Oh God, a gente é muitó manteguinha mesmo né? Quero ver quando chegar a hora de deixar o Theo com estranhos... Vou instalar uma micro-câmera na Tartaruga de pelúcia dele.

Bel! Vou tentar ficar menos ausente!

Nári! Saudades gigante! Vem ver o Theo baranga, vc vai se assustar, ele tá gigante e já fala "angu"!

Questão de utilidade pública, segue o telefone do banco de leite: (011) 3091-9210

Beijocas a todas!

BIG disse...

E levar a criança de 4 meses para a Barra da Tijuca, ficar o dia inteiro na praia, sob o "Sol" de 40 graus, contra as recomedações da progenitora????? Hein, hein, hein? Hahahahaaaha. Cerveja numa mão, Theo na outra, com areia na boca....hehehehehhe

Cruela Veneno da Silva disse...

"como nossos pais"

Inêssa disse...

Descobri seu blog há pouco e estava ansiando por um post, mas com bebês, os posts ficam, basicamente, no cérebro, sem tradução para o computador. Acho que ser mãe nos aproxima mais das nossas próprias mães e eu estou rezando n mesma cartilha da minha...E sim, é uma pena que o poder da reprodução seja de tantos abestalhados! Castração já!

Inêssa disse...

Ah, meu sutiã tb é 44. na apojadura tb foi para 84. Mas o pior foi quando Bernardo desmamou: 44 mochilinha....Mas vale cada sugada!

Le Mot Bleu disse...

Tou apaixonada pelo jeito como tu escreves, e as coisas sobre as quais falas. E, olha, estou BEEEEM LONGE de ser mãe. Tou seguindo, já. Talvez não comente com frequência, sou mais de ler, mesmo. Mas voltarei sempre que puder. ;)

Vê Guimarães disse...

Eu descobri uma outra coisa tb: como não ir ao banheiro sossegada depois que se é mãe... tarefa quase impossivel.

Beijos querida e parabéns pela maternidade.

Letícia disse...

Esse numero 7, de mãe ter sempre razão em tudo, é CRUCIAL!