quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Buenos Dias Noel! Bye Bye Ken...

Uma das coisas mais legais do Natal era esperar pelo presente.

Sabe aquele friozinho na barriga da véspera, sem saber se aquele brinquedo que você tinha pedido de Natal ia chegar. E as vezes não chegava. Sei lá, eram tempos difíceis, de cruzeiro, cruzado, cruzado novo, cortar zeros e levar 500 mil dinheiros pra comprar uma esfiha e uma Itubaina na cantina da EEPG Júlio de Mesquita Filho (e ainda tinha que sobrar troco pra subornar a Talita, ou então ela quebrava o estojo do Paraquai da Juliana Martins e botava a culpa em mim... Mais sobre a Talita, favor ler AQUI).

Enfim, uma das maiores decepções da minha vida (excluindo o dia em que eu assisti ao vídeo da Britney cantando sem playback. É de deixar qualquer pessoa abalada...) ocorreu num Natal.
Eu tinha pedido um Ken, da Barbie sabe?

 Porque afinal de contas eu não tinha nenhum Ken. E toda vez que eu ia brincar de Barbie com a minha prima, Milena, a minha Barbie mais velha, que tinha sofrido com um dos ataques terroristas do meu irmão Pedro e sobreviveu, porém com sequelas (leia-se careca) fazia as vezes de macho. A gente colocava um camisetão nela, calça larga e paletó e a Maria Gadú das Barbies Barbie Careca dava altos pegas nas nossas Barbies.

Era uma coisa bem lésbica que me deixou com sequelas psicológicas pro resto da vida.

Enfim, eu precisava de um Ken. Um Ken era o brinquedo mais desejado e necessitado EVER! E eu fui modesta hein! Porque nessa epoca eu ia brincar na casa da minha amiga Livia e ela tinha o castelo (CAS-TE-LO) da Sheerra, com direito a corujito e tudo mais!

Lembro como se fosse hoje da manha desse Natal.  Eu corri pro pe da arvore e fui logo rasgando o papel do presente e assim que consegui abrir eu senti a maior decepcao de toda a minha vida. Tentei disfarcar, porque eu ja sabia a algum tempo que o papai Noel entregava os presentes numa sacola do Mapin, e os meus pais tinham que pagar por isso. Mas foi mais forte do que eu. Eu chorei um choro esmagado, que sai por aquele cantinho ingrato dos nossos olhos, incontrolavelmente.

La, dentro de uma caixinha fechada com durex estava ele. Que deve ter custado naquela epoca alguns mihoes de dinheiros dos meus pais pro papai Noel, que teve por sua vez que ir buscar la no Mapin. Ele. O Galinho Buenos Dias. O despertador Paraguaio mais odiado de todos os tempos.



E foi assim que eu comecei a odiar o Natal. Teve tambem um incidente envolvendo o Noel e a minha irma, mas isso nao foi nada perto do Buenos DIas .

Mas agora eu sou mae e nao preciso envolver meus filhos em questoes polemicas sobre Kens e Galinhos Buenos Dias. Eles vao sentir o friozinho na barriga de esperar na vespera como eu senti duranta varios Natais.

Conviccao reafirmada pela espera do presente de Natal, eu ainda pretendia denegrir a imagem do Noel para os meninos e avisa-los de que ele costumava confundir Ken com Gainho Buenos Dias, mas o marido achou melhor deixar o Rancor de lado, afinal de contas eh Natal, a decoracao da Paulista esta linda, e a gente podia ate dar uma passadinha la no Ibirapuera pra ver a arvore! (Voces perceberam a tecnica? Eh assim que ele faz, ele me confunde gente, tira o foco sabe?).

Providenciei os presentes dos meninos no Mapin na Internet, todos chegaram lindos e embrulhadinhos para serem devidamente escondidos ateh a hora do Noel chegar e levar todo o credito. Mas foi ai que houve um acidente de percurso. O Lucca vai passar o natal desse ano com a mae dele, motivo pelo qual ele iria abrir o presente que tanto queria, e la dentro do pacotge ia estar o que ele queria (e nao um despertador que te acorda em outra lingua), e a gente nao ia estar la pra ver...

Resultado: Lucca ganhou o presente antes do Natal e o Theo ficou traumatizado, porque eu nao deixei ele abrir o presente antes tambem.

Pronto, trauma de Natal passando de uma geracao pra outra! Mas pelo menos dentro da embalagem do Presente dele nao vai ter um Galinho Buenos Dias.

FEIZ NATAL!

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Hoje estou no Remeber da Casa Dazamiga!

Minha gente boa, em meio a preparativos de Natal, voagens, passagens, temperos de Perú e uvas passas em receitas nunca dante imaginadas, a Mullherada cheia de glamour do MMqD me convidou pra re-postar "direto do túnel do tempo"(com direito a narração da Cissa Guimarães - ai gentem tadinha da Cissa, meu abraço apertado pra ela forever)!

O post escolhido foi... Ah não vou falar né? Corre lá e confere!

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Fralda forever

Filha e neta da Ana Maria Braga. Aos 6 meses de idade bebê mija no penico e samba na cara da maternidade que não desfralda os filhos...


Eu sei que faz um tempão que eu não escrevo nada, mas são tempos úmidos na minha casa. Estamos tentando tirar o Theo das fraldas e daí que eu nunca imaginei que aquela criaturinha fosse capaz de fazer tanto xixi na própria roupa (no próprio tênis, na própria meia, na própria camiseta, na minha cortina, nos meus tapetes... Como faz se seu filho mija pra cima? Hein? Cadê a lei da gravidade quando uma mãe desesperada precisa dela??? Lei da gravidade não pegou lá em casa).


Minha gente, lá se foram todos os meus panos de chão, as calças do Theo, a minha coragem, minha dignidade e meu tempo pra escrever o blog porque né, eu descobri que enquanto ele mijava na fralda sobrava tempo pra eu escrever, ler meus emails, fazer uma comidinha diferente de vez em quando, me depilar e ver novela. Agora eu não faço mais nada disso. Agora eu limpo xixi do chão (da sala, do quarto, da cozinha, do banheiro...). E SÓ.

Cadê o Glamour minha gente? Onde está aquela mãe quase sem olheiras (hohohoho ah tá), cheia de charme, perfumada e de unhas feitas (Menos Mariana, MENOS)??? Cadê o meu bebê que usava fraldas e só sabia falar mamãe, papai, papá e cocô? (tá bom, ele já sabia falar bunda também, mas por total e completa influência do irmão mais velho, que fique beeem claro).

Sumiu minha gente! Agora eu tenho um bebê em plena adolescência na minha casa. Sim, porque os 2 anos são a adolescência dos bebês. De repente eles ficam cheios de vontades, começam a fazer birras homéricas e já têm vergonha dos pais.

Eu particularmente acho meio difícil imaginar que uma pessoa que passou a vida inteira cagando (na fralda) e andando vá entender que a partir de agora xixi e cocô é só no penico... O Theo por exemplo só fez um (UM, ÚNICO, SINGULAR, SOLITÁRIO, MÍSERO, INESQUECÍVEL) xixi no penico. Ai eu, pessoa impaciente e ansiosa que sou, achei que já era hora de tirar a fralda e a escolinha entrou na minha porque né, cocô do Theo já é de responsa, então quanto antes ele começar a fazer na privada melhor para todas nós que trocamos a fralda dele!

Além disso ele acha que o penico é cesta de brinquedo. Coloca todos os carrinhos lá dentro. (Eu joguei pedra na cruz gente, sério, mereço... Dancei o tchan na paixão de Gésus...)

E assim, 2 semanas depois de muito xixi no chão, muito pano de chão com veja limpeza pesada e apenas 1 xixi no penico eu cheguei a uma conclusão definitiva sobre o desfralde. Não vai rolar. Pronto. Não vai desfraldar. Meu filho vai usar fralda para todo o sempre amém!

Porque com todo mundo que eu converso a historia é a mesma. “Ah, meu filho fez uns 3 xixis na roupa, não curtiu ficar molhado e começou a fazer no penico”. E eu aqui, limpando os 300 xixis do Theo no chão.

Daí que daqui 16 anos, em 2027, quando eu serei uma versão corporativa da Luiza Brunet (hahahahahaha, gente deixa eu sonhar vai) e o Theo tiver 18 anos ele vai me ligar (me ligar tipo um holograma saca? Uma coisa bem Star Wars? Me deixa que o sonho é meu tá) e vai dizer:

- Mãe, é o Theo tudo bem?

- Tudo filho, e você?

- As coisas aqui no MIT vão bem mãe, a NASA ofereceu um salário de U$30mil por mês, mas eu não vou porque amo sua comida Mais ou menos mãe... É que o pessoal da faculdade me chamou pra tomar uma cervejinha...

- E qual é o problema filho, pode ir, é só voltar de táxi pra casa, sem problemas.

- É que eu preciso saber (começa a falar sussurrando) se tem aquela fralda noturna com floc-gel, porque você sabe né mãe, cerveja dá muita vontade de fazer xixi, e a Tripla Proteção da Turma da Mônica sempre vaza quando eu vou pro bar...

ALGUÉM ME DÁ UM ABRAÇO?

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Pra saber quando se tem 2 anos

São Paulo, 27 de setembro de 2011




Filho querido, hoje você faz 2 aninhos de vida! A mamãe já te disse aqui as 10 coisas que você precisava saber sobre o seu primeiro ano, e agora seguem as 10 coisas que você precisa saber sobre o seu segundo ano (que foi mais legal que o primeiro, pode ter certeza!):

1- O segundo ano da sua vida foi um ano importantíssimo pro pai e pra mamãe! Nós casamos filho! E você estava lindo de terno no dia do casamento.

2- O seu segundo ano foi muito importante também pro seu irmão. Ele veio morar com a gente e te ensinou a falar muitas coisas legais como Bunda e Pum. Vamos agradecê-lo por anos a fio pela contribuição lingüística!

3- Você foi na sua primeira festa junina, e adorou fazer bigode de mentirinha. Já deixo aqui registrado que se você crescer e quiser ter bigode de verdade a mamãe te amarra no pé do berço, ok? Bigode só no São João!

4- As suas brincadeiras ficaram muito mais legais! Você brinca de trânsito, olha que educativo! Como bom paulistaninho que você é, pega todos os carrinhos e caminhões que tem e organiza em fila na sala. Até o dinossauro com rodinhas entra na brincadeira.

5- A mamãe achou que você tivesse engolido um saquinho plástico no supermercado, mas foi só pegadinha do Titio Tiago que tinha te dado um pêssego e você resolveu cagar só a casca, deixando a mamãe completamente descontrolada preocupada.

6- Nós tivemos que dar um jeito de te explicar porque o seu irmão não passa os finais de semana com a gente. E o melhor jeito foi dizer a verdade mesmo. Então todo sábado você ouvia a mesma coisa “Filho, o irmão foi pra casa da mamãe dele”, e essa explicação simples foi suficiente. Mas como você é muito esperto, começou a usar os finais de semana com a mãe pra tudo. Me explico: “ Filho cadê o sabonete que estava aqui?” Você responde: “ Foi pra casa da mamãe dele”. “Filho, porque você jogou o seu macaco lá longe?”. “Ele vai pra casa da mamãe dele”.

7- Você roubou um Mickey Mouse de uma loja de brinquedos, mas depois devolveu e nunca mais saiu correndo com nada de loja nenhuma. Olha que sucesso filho, parabéns!

8- Os seus amigos da escola agora são o Antônio, a Gabi, o Jorge, o Felipe e o Daniel Alexandre. E sempre que você aparece com algum galo lá em casa fala que foi culpa do Daniel Alexandre. Afinal de contas todo mundo precisa de um Daniel Alexandre pra colocar a culpa!

9- A mamãe conseguiu colocar as Rotinas de todo mundo lá em casa nos eixos! Nós tomamos café em família (como diz o Lucca) todos os dias! Vocês dois brincam muito juntos e a mamãe fica super orgulhosa vendo você se desenvolver e ir aos poucos se transformando num menino super legal! A mamãe te dá bronca e já te deixou de castigo duas vezes, mas você mereceu ok?

10- Filho, o seu segundo ano de vida foi ainda melhor que o primeiro! Você já conversa com a mamãe e conta o que fez na escola, conta o que comeu, sobre os amigos e a mamãe fica super orgulhosa! E ah, a mamãe continua tendo um blog onde conta as nossas aventuras juntos, e conforme você vai crescendo o blog fica cada vez mais divertido! Mas a coisa mais importante que você precisa saber no seu segundo ano de vida, é que você é a coisa mais importante da vida da Mamãe.


Parabéns filho meu! Mamãe te ama muito! Com todas as células do corpo dela!

sábado, 17 de setembro de 2011

Hoje estamos no canal de TV dazamiga?

Pois é minha gente linda e cheia de glamour!

Quando vi os vídeos do Minha Mãe que disse não me agüentei e quis participar também! E fui convidada a falar de um assunto polemico: Palpites alheios! E mais, dar os meus próprios palpites porque né, toda mãe sabe de algo ou pagou algum mico e pode evitar desastres alheios.

Pra terminar o blá blá blá deixo uma ultima dica O GOOGLE NÃO TEM FILHOS e todas as doenças parecem bem piores quando a gente da um Google nelas, portanto na duvida liga pro pediatra ok? Hahahahaha

Enjoy the weekend e amanha tem receita de domingo pra mães que não cozinham!

Assista o VÍDEO DO MMQD AQUI!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Pérolas de Theo

Cena 1 - O banho

Theo e eu no banho. Ele sentado na banheira, enchendo um baldinho de água e me dando. "É suco mamãe". Eu pego o balde e, pessoa educada que sou, finjo que tomo tudo. "Nossa que delícia filho, é suco de laranja?"


Ele: "Não mãe, é suco de bunda".

Esse é meu filho, um cara que não sabe fazer suco de laranja de mentirinha.

E essa sou eu, uma mãe que bebe suco de bunda...

Cena 2 - Filho bem resolvido

Daí eu chego em casa meio depre, me sentindo mãe de merda, agarro o Theo, beijo e abraço mto ele, olho no fundo dos olinhos dele e pergunto:"Filho, como você fica na escolinha sem a mamãe?Fica com saudade?" Ele responde na lata: "Eu fica com a Tia Ana". Olha que pessoa evoluída meu fiho de 2 anos

Cena 3 - Porque qualquer criança AMA um Au Au (e até vai com a cara da vovó)

Eu: Filho sabe pra onde nós vamos no final de semana?


Ele: Pra Piá (Pra Itapira)

Eu: Isso mesmo filho! E quem a gente vai ver lá?

Ele: O au au?

Au au 1 X Vovó 0


Cenas do próximos capítulos na nossa FAN PAGE NO FACEBOOK! Bora curtir?

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Carta para um pequeno grande garoto

Meu carinha,

hoje eu sai correndo do trabalho, me desabalei  tresloucada pela ponte Cidade Jardim e devo ter tomado uma multa na marginal. Eu estava preocupada porque me ligaram da escola dizendo que você não estava bem. Como eu soube que você teve febre no final de semana corri o máximo que pude. Cheguei na escola e subi as escadas pulando os degraus de dois em dois, igualzinho voce faz. Perguntei por voce na recepcao e a secretária ligou pra coordenadora e pediu pra te chamar. Sua mãe estava lá pra te buscar.

A professora te tirou da sala e disse: Lucca, sua mãe está aqui! Pode ir embora!
E nesse momento você se sentiu aliviado, sua febre, seu corpinho cansado, a tosse, nada disso mais incomodava. A sua mãe estava lá! Tinha saído do trabalho e tinha dado um jeito de ir te buscar! E ia cuidar de você, te fazer um chá, ligar pro pediatra pedindo instruções, iria correndo na farmacia pra comprar seu xarope e passaria o dia todo com voce.

Entao voce veio arrastando a mochila pelo patio, ja pensando no abraco e no beijo que daria na mamae, ia sentir o cheirinho dela e tudo ia ficar bem!

Mas quando o inspetor de alunos abriu a porta quem estava la era eu. Eu tinha saido do trabalho. E voce nao pode disfarcar a carinha de decepcao quando me viu.

E por mais que eu tenha te feito cha, tenha ligado pro pediatra, tenha corrido as pressas na farmacia, eu nao sou ela.

Meu querido, eu espero que um dia, quando voce crescer, e entender que os adultos nao sao tao sabidos quanto a voce pensava, nos possamos rir muito desse dia, porque hoje, tudo o que eu posso te dizer 'e que eu sinto muito pelo mal entendido e pela sua carinha de decepcao, e que eu quero que voce melhore logo. A Marinha te ama!

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

De volta para o futuro, parte 1

Existem alguns fatos na nossa vida que traumatizam a gente. No meu caso posso citar vários momentos, porque eu fui uma pessoa extremamente traumatizada! Eu já apanhei da Talita, sofri bulling na minha própria festa de aniversário e já fui assaltada diversas vezes!

Sempre quando eu me lembro desses momentos me pego pensando “ E se?”. E se eu não tivesse apanhado da Talita na 1ª série? E se eu tivesse sido a noivinha das minhas próprias festas de aniversário juninas? E se eu nunca tivesse sido assaltada por dois trombadinhas naquele dia das mães gelado?

E essas possibilidades todas ficam pairando na minha mente (estilo a “cloud” da Apple porque né, mulher moderna essa que vos fala). Acontece que no fundo, seu eu pudesse mudar um único acontecimento traumatizante em toda a minha vida, eu sei muito bem pra quando a minha viagem no tempo me levaria... Pro dia 24 de outubro de 1997...

Pausa dramática para a viagem no tempo.... Corta pra 1997, ano em que Fernando Henrique era presidente, todo mundo corria pra sala as 9 da noite pra ver o Du Moscovis cabeludo em “Por Amor” e eu estava na 7ª série e era totalmente desprovida de atributos estéticos (leia-se feia).

Nessa época a Britney Spears lançava seu primeiro single, One more time! Pra quem não lembra nesse clipe A Li´ll Britney Bitch rebolava pelos corredores de uma High Scool de barriga/pernas/peitos/útero de fora, ostentando as madeixas douradas em duas trancinhas pedófilas.



A Britney era a solução de todos os meus problemas! Eu podia ficar parecida com ela! E eu ia! (tá gente, eu tinha só 13 anos e não entendia nada sobre coloração de cabelos)

Foi seguindo essa lógica que eu cheguei no salão da Creuza, na Rua José Bonifácio, no dia 24 de outubro de 1997 as 16h00. Horário que eu marquei pra fazer minhas luzes. Foi pra esse momento no espaço/tempo que minha viagem no tempo me levou (caralho, eu SEMPRE quis escrever isso)

E lá estou eu, sentada na cadeira do salão da Creuza, com uma capa de plástico roxa vagabunda onde lia-se Salão de Cabeleileiros (notem LEILEIROS) da Creuza.

Eu usava aquela toca de luzes na cabeça, esitlo ficção científica e a Creuza já estava com a agulha de crochê (sim, de crochê) em punho para começar a palhaçada quando gritei:

- Creuza, não se atreva! Se você fizer luzes no meu cabelo hoje eu passarei dois anos da minha vida me sentindo ridícula, isso vai afetar minha auto-estima até os 16 anos quando toda essa meleca já tiver sido expelida pelo meu cabelo! Você é uma péssima cabelereira e a gente só vem aqui porque a minha vó é sua amiga! E ah, não é cabeleileiro que se escreve, e sim cabelereiro! Zoa o cabelo das pessoas mas, por favor, não assassina o português!

E Creuza, com olhos arregalados, lia e relia a palavra cabeleileiros na capa do salão, enquanto eu olhava para uma luz muito branca, muito forte, o salão foi sumido, o cheiro de água oxigenada se esvaindo e...

Pausa dramática para a volta ao futuro! Corta para 2008, ano em que o Lula é presidente e as pessoas correm para sala as 9 da noite para ver a Flávia Alessandra dançar no queijo em "Duas Caras". Estamos no dia 11 de fevereiro de 2008.

Eu nunca vou me esquecer desse dia. Foi meu primeiro dia de trabalho no Banco, portanto o dia que eu conheci o meu chefe, me apaixonei por ele, e começava assim uma dor de barriga constante e um verdadeiro desfile de vestidos maravilhosos no escritório pra conquistar a chefia linda história de amor!

Abri os olhos e estava no meu antigo apartamento, dividido com Tia Baranga, na Vila Madalena! Levantei da cama feliz, olhei no meu espelho e tinha um cabelo tão saudável, tão bonito, eu era tão morena! Encontrei Baranga na nossa mini cozinha/lavanderia já tomando seu café com Valor Econômico habitué de todas as manhãs!

Sentei com ela, me servi de café e disse:

- Estou com a sensação de que vou conhecer o homem da minha vida hoje no Banco!
(rá, olha só, eu poderia ganhar milhões, eu sabia tudo o que ia acontecer nos próximos 4 anos! Eu poderia ficar rica! Ganhar na mega-sena! Se eu pelo menos tivesse decorado o resultado de algum sorteio da mega-sena... FICA A DICA aos próximos viajantes do tempo).

Baranga olhou pra minha cara de um jeito esquisito e mandou:

- Ué, ta louca? Vai pagar conta no Banco e acha que vai achar o homem da vida? Amiga, hoje em dia neguinho só paga conta pela internet ok? Desapega.

- Ih... Como assim Baranga? Bebeu? Tá colocando conhaque no café agora? Eu vou trabalhar no Banco! Hoje é meu primeiro dia de trabalho!

- Sim, é seu primeiro dia de trabalho, como colunista da Folha de São Paulo! Tá tudo bem com você?

Pausa dramática para o surto da viajante no tempo; OI? Folha de São Paulo? O que foi que eu fiz? O Fato de não ter feito luzes aos 13 anos tinha mudado TODA a minha vida? Mas como? Era só um pouco de água oxigenada com descolorante!

Mas afinal de contas, o fato das minhas luzes terem ficado ridículas me fizeram sofer toda sorte de constrangimento e provações. Fui injustiçada minha gente, por ter o cabelo estilo gato rajado
e não em estilo Britney para pedófilos! Daí que toda essa injustiça me fez querer ser o que? AdEvogada! Para um dia poder processar cabeleireiras como a Creuza que destroem o cabelo e a auto-estima alheios!

Olhei para cara de Baranga e perguntei:

- Eu sou jornalista?

- É, e acho melhor você ir logo pegar o seu carro antes que chegue atrasada no primeiro dia de trabalho! Lembra que você sonhou durante anos com esse emprego, então pelamordedeus vai logo! E a noite a gente conversa melhor sobre o cara do banco.

O cara do banco, o meu Big! Devem ter contratado outra pessoa pra minha vaga!!!! E se ele se apoixonar por ela? Casar com ela? Tiver filhos com ela???

Eu tinha que encontrar o Big! Ele tinha que se apaixonar por mim! E eu tinha o prazo de um ano para engravidar dele pra que o bebê fosse exatamente o Theo. E eu tinha que pegar meu carro e ir pra Folha de São Paulo.

Peraí, desde quando eu tenho um carro???

To be continued...

domingo, 28 de agosto de 2011

Costela da Mãe com Preguiça

Vou confessar que eu sempre tive um medo do caralho de cozinhar carnes! Toda vez que rolava de fazer alguma comida era a boa e velha massinha com um molho metido a besta.
Depois de agum tempo fazendo um trabalho psicológico de aproximação das carnes, começando com bifes, depois carnes de panela, eu cheguei até a famigerada costela bovina.

Eu achava que costela era uma carne complicada! Tem o osso, muita gordura, e na minha cabeça só era servida em churrascos, mas, como a receita envolvia cerveja e o fato de que nessa receita não é necessário temperar a carne, tomei coragem e comprei 2kg de costela de boi.



Quando eu olhei pra ela, e ela olhou pra mim, ofereci a ela um pedaço de pudim e o curioso foi QUE ELA DISSE SIM pensei FUDEU, não sei nem por onde começar. Pois amiga, fica a dica. Não se intimide com a costela. Afinal de contas é só um pedaço de carne, certo? A pior parte da Costela da Mãe com Preguiça é limpar a costela. Sim, ela vem cheia de sebo e com muita gordura. O primeiro passo da receita é retirar o máximo de gordura que a sua habilidade com facas he permitir. É legal já pedir no açougue uma costela magrinha pra poupar o trabalho sujo depois, ok?

Limpa a costela, corte 3 cebolas tamanho GG em rodelas, forre o fundo da panela de pressão (panela de pressão é a melhor amiga da mãe que cozinha, eu tenho uma de 7l pra fazer comida prum batalhão) com as cebolas. Cooque a costela em pedaços (não muito pequenos porque ela derrete) sobre as cebolas. Esmigalhe 2 cubinhos de caldo de costela em cima da carne já na panela. Abra 2 latinhas de 350ml de cerveja clara geladas, enquanto você toma uma, joga a outra na panela. Tampe a panela de pressão e ligue o fogo, quando começar a apitar é só contar 1h de cozimento e saborear!

Aqui em casa a Costela da Mãe com Preguiça é sucesso absoluto de público e crítica! Espero que ela agora passe a fazer sucesso no almoço de domingo de outras mães com preguiça!

PS: A minha Costela da Mãe com Preguiça fica pronta em 20 minutos! Vou tirar as fotos e postar na nossa Fan Page no Facebook! Corre lá!

BOM DOMINGO

Almoços de Domingo para mães que não cozinham


Oi gentem! Bom, depois do Sutiã ter bombado devido à nossa aparição no Maior Fraldário On Line do Braseel (meninas do Minha Mãe Que Disse, o que dizer? Vocês são mara!), eu decidi passar a falar de um assunto SUPER  polêmico entre mamães modernosas. A hora de cozinhar. Me explico: Eu não cozinho durante semana. Não dá! A empregada faz o almoço e a noite eu só esquento pra gente comer. E mesmo assim as minhas noites de segunda a sexta são uma loucura sem fim, é menino querendo que eu faça cachorro-quente na segunda feira, bebê tentando subir no banquinho da cozinha pra tentar abrir a torneira da pia na terça; bebê e menino disputando corrida de velotrol/motinha pelo apartamento enquanto eu frito bife na quarta; bebê chorando porque quer mexer a panela de sopa na quinta; menino chorando pra eu pedir pizza na sexta.

Enfim, esse breve relato foi só pra vocês sentirem muita pena de mim e resoverem fazer um a vaquinha pra me pagar uma semana em um SPA na Finlândia se contextualizarem. Eu e a cozinha somos sinônimo de caos durante semana. Aí chega o sábado e o maridão e eu almoçamos fora cosminínu. E finalmente chega o domingo. Ah domingão, quando eu era criança pequena lá em Itapira os domingos eram cheios de comidas FODÁSTICAS que minha mãe fazia.
Daí eu cresci, saí da casa da minha mãe, e domingo geralmente era dia de ressaca, portanto eu almoçava uma coca cola bem gelada e só ia conseguir comer (miojo) na hora do fantástico.
Ok. Agora eu sou mãe de família e comecei a sentir uma vontade nunca dantes sentida de fazer almoços de domingo. Mas como ó céus se eu não sou um ás na cozinha????
E assim foi que eu comecei a garimpar receitas que geralmente envolvem cerveja em seu preparo fáceis e a família começou a bater ponto aqui em casa, cunhados, cunhadas, sobrinhos, primos, tios... Aquela bagunça, galera tomando uma cervejinha pra esperar o amoço, eu com coque espanador, pano de prato no ombro, ouvindo um Zeca pagodinho, tomando uma cerveja gelada e me sentindo a maior MATRIARCA de todos os tempos!

Eu nunca pensei que fosse dizer isso mas EU ADORO COZINHAR PRA FAMÍLIA! E as vezes eu faço isso de maquiagem e salto alto, bem estilo desperate housewives (mentiraaaa).

Enfim, isto posto, fui acumulando algumas receitinhas domingosas fáceis e gosotosas e resolvi que deveria compartilhar com o mundo tais achados! Segue então, no próximo post, uma das minhas receitas preferidas! Costela da Mãe com Preguiça (posso falar que um dos motivos de eu querer compartilhar aqui minhas receitas é que eu dou nomes espetaculares pra elas?).

PS: Estou fazendo a Costela da Mãe com Preguiça nesse momento, daí que né, não tirei fotos do começo do preparo, mas nada que o google não resolva, nos próximos domingos prometo tirar fotos de todos os detalhes sórdidos!

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Hoje estou na casa DAZAMIGA!

Sabe que a blogsfera materna já me trouxe muitas surpresas boas, e junto com as surpresas, pessoas melhores ainda! Duas dessas pessoas totalmente fodásticas, a Roberta do Piscar de Olhos e a Flávia do Astronauta fundaram a organização holística, óráculo materno dos tempos modernos, praticamente o nosso fraldário de shopping on line . To falando do Minha Mãe que Disse.

E essas pessoas glamurosas me convidaram pra escrever um post lá no MMQD no dia de hoje! Preciso falar que eu dei pulos de alegria e até dancei o " Mickey, Mickey, Mickey Mouse"? Não né!

Então todos pra lá agora ler o POST DO SUTIÃ 44 NO MINHA MÃE QUE DISSE. Dica da amiga ASSISTAM AOS VÍDEOS das amiga magia gentem. Preparem-se para a incontinência urinária de tanto rir!

Enjoy it!

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

O Dia em que roubamos o Mickey



Bom, daí que com 2 anos o Theo anda aparecendo com novidades do mundo lá fora aqui em casa. Primeiro foi uma história de “Mickey, Mickey, Mickey Mouse” que muito me assustou, afinal de contas eu nunca assisti o Mickey com ele! Como assim? De onde vem esse Mickey?


Da sala de vídeo. Sim. Na sala de vídeo o Theo assiste A casa do Mickey e tantos outros desenhos que eu nem sei e pronto, chega em casa cheio de novidades.

E por culpa da sala de vídeo e do Mickey o Theo ficou louco por ele. É só pintar o tal do rato em qualquer lugar que ele já começa a cantar “Mickey, Mickey, Mickey Mouse” ensandecidamente como se não houvesse amanhã, pulando e rebolando a bunda de fralda porque né, meu filho é meu filho e conseqüentemente nada discreto.

Este final de semana tivemos aniversário do priminho pra ir, e enquanto papai e Lucca resolviam problemas vídeo-gamísticos, fomos eu e Theo até a loja de brinquedos pra comprar o presente do primo.

Todo mundo lembra da sensação de ser criança e entrar numa loja de brinquedos certo? Não??? Então me deixe relembrar você... Você é um serzinho em formação, de apenas 80 cm, com uma imaginação deveras fértil e com a sensação de que as prateleiras da loja se estendem até o infinito! E então você vê, lá, em uma pilha de destaque, várias caixas transparentes com nada mais nada menos que o “Mickey, Mickey, Mickey Mouse” dentro!

Pronto! O Theo gudunhou no tal do Mickey na caixa plástica e nada nem ninguém o fazia soltar o brinquedo. Deixei ele curtir aquele momento (leia-se, sentei ele com a caixa do Mickey do meu lado enquanto procurava um jogo pra comprar pro primo) e então chegou a hora de pagar o presente e ir embora, deixando o “Mickey, Mickey, Mickey Mouse” pra trás.

Mas quem disse que o Theo gostou da idéia??? Não minha gente, o Mickey era Lindo! Era amigo! Era novinho! E era dele. Pronto acabou. Assim que eu disse: “Filho, vamos guardar o Mickey de volta” ele me surpreendeu! Não, ele não gritou, chorou, se jogou no chão ou coisas afim. Ele simplesmente SAIU CORRENDO DA LOJA DE BRINQUEDOS SHOPPING AFORA COM UM MICKEY FURTADO, AFANADO, ROUBADO, SUBTRAÍDO DE OUTREM NAS MÃOZINHAS!

E eu, como qualquer mãe normal e controlada, saí correndo e gritando atrás dele pelo corredor do shopping “Filho, volta aqui, devolve isso, isso não é nosso THEEEEEOOOOOOO”.

Algumas lojas depois, eu consegui alcançar o pequeno meliante que tinha, estrategicamente, deitado em cima do seu objeto de furto dentro do quiosque de Yoguberry. Agarrei Theo e “Mickey, Mickey, Mickey Mouse” e voltei com cara de derrota calma e parcimônia para loja de brinquedos, onde a vendedora me aguardava , acompanhada do segurança.

Coloquei o Theo no chão e falei com a voz mais firme que os 5 minutos de corrida de salto alto me permitiam: “Filho, o Mickey não é seu, ele mora aqui, com os outros Mickeys e vai chorar se for embora, acho melhor você devolve-lo onde achou”.

Ele foi lá, colocou o Mickey roubado, agora já desfalecido dentro da caixa, ao lado dos outros Mickeys, olhou bem pras caras da vendedora e do segurança e começou a cantar “Mickey, Mickey, Mickey Mouse” ensandecidamente como se não houvesse amanhã, pulando e rebolando a bunda de fralda.

E agora, já posso rir?

(ou ainda eu posso ir pra Disney e ver o Theo cantar “Mickey, Mickey, Mickey Mouse” ensandecidamente como se não houvesse amanhã, pulando e rebolando a bunda de fralda por dias a fio...)

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

PAI

Hoje vamos falar aqui sobre o personagem mais injustiçado da história da maternidade.

O PAI.

Sim! Esse cara que teve uma participação, digamos, FUNDAMENTAL, na confecção do bebê.

O Pai é o cara que estava do lado de fora do banheiro lendo as instruções do exame de farmácia pela vigésima vez enquanto você mijava no palito; o cara que olhou os 2 tracinhos no exame e leu as instruções de novo, dessa vez em inglês e espanhol, porque né, vai que muda!

O Pai, aquele que passa 4 meses desacreditando que exista um 3º passageiro na família, quando no 5º mês surge na esposa uma barriga de um tamanho que jamais ele imaginou possível. O pai é o cara que passa os outros 4 meses conversando com uma barriga, justificando pra barriga porque o berço ainda não chegou, ou comemorando o gol do Corinthians com a barriga.

Pai é aquele que sai correndo quando estoura a bolsa, meio rindo de nervoso, chega no hospital depois de ter violado metade das regras do Código Nacional de Trânsito enquanto conversava com a barriga, tentando convencê-la de não virar um neném enquanto ele não conseguisse levar todo mundo, mãe pai e barriga, sãos e salvos até o hospital.

No hospital o pai não é ninguém, até ser colocado em uma sala onde a mãe sente dor, a barriga sente medo e o Pai sente que vai morrer ali mesmo, ainda bem que ele já está num hospital.

Na hora em que o bebê nasce o Pai acha que a sua função essencial é contar os dedos dos pés e das mãos do bebê, umas 15 vezes, pra se certificar de que está tudo bem (oi?). Outra conhecida função do Pai na maternidade é esclarecer pras enfermeiras que não, ele não está chorando, na verdade ele está com uma irritação no olho, na verdade uma irritação em cada olho... O Pai acaba chamando o gerente do hospital pra reclamar que tem alguma coisa errada com o ar condicionado da maternidade por que não é possível ter tanto olho irritado num lugar só! (E todos os outros pais com olhos marejados e testa colada no vidro do berçário concordam plenamente).

Quando o recém-nascido chega em casa a função do pai é se desesperar enquanto a mãe dá o banho, e segura um neném minúsculo, mole e ensaboado com uma mão só!

Pai é o cara que inventa uma classificação maluca pros cocôs do filho, é aquele que acorda de madrugada assustado e quando dá por si a mãe já levantou, pegou o bebê, amamentou, botou de volta no berço e voltou a dormir!

Ele é o cara que fica no fundo da apresentação de dia dos Pais na escolinha, porque nessas datas comemorativas o ar condicionado da escola tem um problema bem parecido com o da maternidade.

O Pai vai ensinar coisas que você, como mãe, jamais conseguiria! Vai ensinar a levantar sozinho depois de um tombo, a dar o drible da vaca, vai ensinar que homem só chora quando o ar condicionado está desregulado.

E um dia esse Pai vai dormir, e quando acordar aquele bebê, que andava a passos bêbados, se tornou um jovem, cheio do frescor, da vontade e da certeza de ter super-poderes que é essencial a todo o jovem! E esse Jovem vai olhar pro Pai e dizer “ Tchau”. Dessa vez tchau mesmo, não como das outras vezes em que esse tchau significou um “até mais tarde”, vai ser um “tchau adeus”.

E o Pai vai ser o cara que vai continuar lá, reclamando do ar condicionado, com lágrimas nos olhos, desejando com todas as forças de seu corpo que tenha conversado o suficiente com a barriga, com o bebê, com o menino enquanto foi tempo. E desejando também que ele tenha aprendido o drible da vaca e tenha virado um verdadeiro Corinthiano.

Uma homenagem aos melhores pais do mundo, cada um do seu jeito, mas ambos meus heróis.

Para o meu Pai, Dodô, que leu comigo toda a coleção do Monteiro Lobato e sempre me contava uma piada nova no jantar. Pai, eu diria que o culpado por este blog é você.

E Para o meu marido, BIG, um Pai como poucos, que conversou com a barriga, comemorou gol com ela, e vive reclamando do ar condicionado. Quero deixar claro que quando você piscar e perceber que os meninos cresceram eu vou estar lá, mais eu vou chorar de verdade, não vou reclamar do ar condicionado.




segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Quem foi que disse que seria fácil?


Daí que o Theo foi promovido! Do berçário pro mini-maternal antes de fazer 2 anos ou sair das fraldas. Hoje foi o primeiro dia que deixamos ele na escolinha pela porta dos maiores e eu já fiquei emocionada, com lágrimas nos olhos, pensando que o tempo passa muito rápido e daqui a pouco ele tá na faculdade agora ele ia ter as atividades, não ia mais poder tirar a soneca, nem ia ficar com as berçaristas que conhecem ele desde que ele tinha 7 meses, que não ia mais ver os coleguinhas bebês...


Preciso falar que eu quase desisti de deixar ele na escolinha o trouxe pro Banco? Pois é, mas meu marido é um Pai consciente e afirmou que tava mais do que na hora dele ser promovido, afinal de contas ele já tava ficando irritado com a Rotina do berçário (ou seja, mamar, dormir e trocar de fralda). E emendou ainda que talvez essa mudança tenha alguma coisa a ver com o fato dele ter mordido a Gabriela 2 vezes em 2 semanas.

Pronto. Tocou no ponto, e agora eu tenho que voltar um pouco no tempo pra contar que sim, é verdade, o Theo mordeu a Gabriela, a mesma caipirinha das fotos, o que me leva a crer que o namoro dos dois vai bem ao estilo novela Mexicana...



2 semanas atrás...



...Ninguém sabe direito o que aconteceu, a Tia Helena me disse que foi trocar a fralda do Gabriel e quando voltou o Theo já tinha mordido a mãozinha da Gabi. Fui buscá-lo na escolinha e ela me contou que tava de mal dele porque ele tinha mordido a amiguinha. O Theo ouviu toda a narração do fato de cabeça baixa e beiço derrubado.

Botei ele na cadeirinha do carro já pensando. “Ferrou! Eu não entendo o suficiente de psicologia infantil pra explicar pra um bebê de 1 ano e 10 meses que não pode morder a amiguinha. Comé que eu faço? Mordo ele pra ele ver que dói? Ligo pra minha mãe? Ligo pra Super Nany? Ligo pra mãe da Gabriela e peço desculpas? Sento e choro?” . No caminho de volta pra casa eu fui cogitando todas essas possibilidades, e cheguei à conclusão de que a única solução era conversar com ele, mesmo tendo certeza de que em muitos momentos eu ia parecer a professora do Charlie Brown!

Desci ele do carro e comecei:

- Filho, a mamãe sabe que você mordeu a Gabriela hoje, mas não pode fazer isso! Ela é sua amiga (não, eu ainda não admiti o namoro), e a gente não morde os amigos, nem os inimigos! A gente não pode morder ninguém! Isso é muito feio! A mamãe não quer mais que você morda a Gabriela, vocês têm que brincar junto, igual você faz com a mamãe. E amanhã você vai pedir desculpa pra Gabi, vai dizer, “Gabi, desculpa, a gente é amigo”. Tá bom filho?Não pode!

Agora o que o Theo entendeu:

- Filho, a mamãe blá blá blá mordeu a Gabriela blá, blá não pode blá blá blá! Blá blá amiga (não, blá blá blá blá blá), e blá não blá blá amigos, blá blá blá! Blá blá não pode morder blá! Blá blá blá feio! A mamãe não quer blá blá blá blá Gabriela, blá blá blá blá blá, blá blá blá mamãe. E blá blá blá blá Gabi, blá blá “ Gabi, blá blá blá blá blá”. Blá blá filho?Não pode!

Resultado da aplicação da minha psicologia infantil: O Theo passou o dia seguinte inteiro fugindo da Gabriela, não queria chegar nem perto dela! Não brincaram juntos, nem compartilharam mamadeiras e nem se abraçaram. Acabou a amizade/namoro! Fim! Porque, afinal de contas, tudo que ele entendeu do que eu disse se resumiu à seguinte frase: Gabi, filho, não pode!

A tia da escolinha achou que eu peguei meio pesado (porque eu fiquei a noite inteira e a manhã seguinte repetindo tudo isso pro Theo) e a Gabi também achou que eu peguei pesado! Ficava correndo atrás dele, tentando abraçá-lo a força, pulando em cima dele pra chamar atenção até que... ELE MORDEU ELA DE NOVO.

Pausa dramática nesse ponto da história: GENTE, EU NUNCA ACHEI QUE O MEU FILHO FOSSE MORDER UM COLEGUINHA! Afinal de contas, eu até já contei isso aqui, EU era a vítima dos valentões quando era criança. Eu sempre fui mordida! Nunca mordi! Por algum motivo cósmico que foge do meu alcance o meu filho resolveu mudar de time, e sei lá, acho mais fácil lidar com a situação quando o filho da gente é a vítima, o bonzinho, o injustiçado, que um dia irá resolver defender os fracos e oprimidos, fundar uma ONG e contar todas suas humilhações infantis em um blog!

Agora falando sério, o fato é que é muito difícil lidar quando se está do outro lado, quando é o seu filho quem mordeu/bateu/chutou/empurrou/tomou o brinquedo ou qualquer outra coisa que a gente acha muito feio uma criança fazer. E eu confesso que não está sendo fácil lidar com essa fase do Theo, ele anda querendo distribuir tapas lá em casa e até já me mordeu uma vez!

E não adianta fazer de moderninha, a gente sempre acha que a culpa é nossa! Que não estamos dando atenção suficiente, que a criança está violenta porque não nos tem 24h por dia ao lado dela, e que portanto merece mais carinho/atenção/colo/brinquedos/vontades satisfeitas nos momentos em que a mãe está presente.

E eu particularmente acho esse caminho muito perigoso! Porque as frases aí de cima representam pura e simplesmente uma mãe tentando justificar o mau comportamento do filho. E o pior, se anulando pra isso! Anulando a educação que está dando, a correria toda pra trabalhar e ser mãe, culpando a si mesma ao invés de admitir que o filho fez uma coisa errada e deverá sentir as conseqüências. A vida é assim, o mundo é assim! Não é o fato de trabalharmos fora que leva algumas crianças (como o Theo, ui! Doeu) a morder outras! Ou na época das nossas bisavós crianças eram anjos que só mordiam alimentos? NÃO MESMO GATAS!

É duro admitir (muito duro) mas nossos filhos fazem coisas erradas. E ponto. Porque crianças aprendem assim, testando limites, num jogo eterno de tentativa e erro, e a culpa nossa de cada dia só nos faz entrar perdendo na brincadeira.

Feita toda essa reflexão, eu dei outra bronca no Theo. Ele chorou sentido porque eu fiquei muito brava, brava mesmo, com a segunda mordida na Gabi!

E eu chorei sentido também naquela noite (escondida no banheiro e sem borrar o rímel), pois não é fácil olhar nos olhos de um bebê e sentir que ele ficou magoado com você! Não é fácil passar as poucas horas do dia que restam na companhia do nosso filho dando bronca! Não é fácil dizer que o que ele fez foi muito feio! Não é fácil dizer não...

Mas, enfim, quem foi que disse que seria fácil?

Já aviso que após a última bronca o Theo não mordeu mais ninguém (a Gabriela agradece), e u estou só preparando meu repertório e meu coração mole pras próximas broncas que virão... Ah se virão!

quarta-feira, 20 de julho de 2011

O não-dente, o PUM e o creme sem enxágüe

O Não-dente





Gente, tá faltando um dente no Theo. Sim, isso mesmo. Nasceram todos os que já deveriam ter nascido até agora, menos um! Bem da frente!

Então ele tem 1 ano e 10 meses e já tem janelinha. Abre um sorriso e fica dente, dente, dente, não-dente, dente, dente, dente, dente... Eu confesso que já tinha percebido o não-dente há algum tempo, mas pensei que era um dente com preguiça de nascer, que logo, logo o Theo ia começar a babar horrores e o não-dente viraria dente.

Acontece que durante uma das minhas visitas quinzenais à dentista (sim, de 15 em 15 dias eu levo o Litle Big na dentista pra apertar o aparelho ortodôntico) a Dra. Bia deu uma olhada no não dente e falou: - Vai ter que dar um pique com o bisturi pra esse dente sair viu.

Pronto, quer me matar do coração? Como assim bisturi? Tá Louca? Bebeu? Eu sabia que essas anestesias de dentista iam deixando a pessoa meio maluca com o tempo, mas essa foi demais! Bisturi na gengiva do meu filho só por cima do meu cadáver!

Depois dessa reação totalmente plausível, vinda de uma mãe digna, glamurosa e controlada, fiz o que qualquer uma de vocês faria. Liguei pro pediatra pra falar mal da dentista:

- Alô, Dr. Marcelo? É a mãe do Theo e do Litle Big tudo bem? (sim, eu minto nessas situações, porque né, até explicar que eu sou a madrasta, mas que sou eu que levo no pediatra, mas que nem era sobre isso que eu queria falar... Mais fácil mandar um “mãe do Lucca” despretensiosamente).


- Oi Mariana, tudo bem. Algum problema com os meninos?


- Ai Dr. Marcelo, problema, problema não tem. Na verdade não com os meninos. É a dentista deles que tá louca de pedra, coitada. Você acredita que ela cogitou abrir a gengiva do Theo no bisturi pro não-dente dele, sabe aquele, que eu já mostrei pro Sr. Umas 253 vezes?, então, pra ele nascer... Tá bem louca ela né, coitada? Então to te ligando pra saber se você conhece algum dentista que não bebe água da privada pra me indicar.


(depois de quase engasgar e rir durante 2 minutos)


- Mariana você não existe! Calma! É supernormal acontecer isso! E a gengiva é aberta sem maiores traumas ok? Mas como eu já tinha te respondido nas outras 253 vezes que você me perguntou sobre o não-dente, vamos esperar o Theo fazer 2 anos e ver se o não-dente vira dente, ok?


- Dr. Marcelo, por acaso a Dra. Bia te ligou? É um complô?


- Tchau Mariana! Bom dia!

Tu, tu, tu....

Por isso eu vou passar os próximos 2 meses fazendo todo o tipo de simpatia existente pro não-dente nascer. Alguém conhece alguma? Alguém? Oi?

*        *        *

O Pum

O Theo agora avisa quando solta Pum! Olha bem pra nossa cara e fala em alto e bom som: PUM!

Daí que eu estava domingo com ele no supermercado. Eu empurrando o carrinho e ele sentado no bebê conforto. Eu falava o nome das frutas e ele repetia emendando o único elogio que ele sabe: LINDA.

Muita Mexerica LINDA, Banana LINDA e Pera LINDA depois, quando o supermercado todo já tinha se convencido que também queria ter um filho pra ouvir ele chamar a Mexerica de LINDA ele manda. PUM! E corredor de legumes todo vem abaixo rindo.

Eu pergunto orgulhosa: " Quem soltou Pum filho" ele responde com cara de sério: "A mamãe".

Humilhação em Supermercados. A GENTE VÊ POR AQUI!

Antes de alguém comentar eu quero esclarecer que NÃO FUI EU QUEM SOLTOU O PUM!

*        *        *

O creme sem enxágue

Fechamento de trabalho, correria all day long pra fechar todas as pendências, passo 10h aqui no banco, saio e pego 2 carros quebrados no caminho, antes de chegar em casa passo no mercado pra comprar leite ninho e consigo gastar R$38,00 (oi? 38 pilas? Nestlé faz fortuna no meu fracasso), chego em casa, brinco de carrinho, faço mamadeira, dou danoninho,entro na Toca, assisto Mecanimais, Patati-patatá, Backyardigans, aí entro no banho junto com o Theo (ufa).

E só meia hora depois que o banho terminou eu percebo que tem alguma coisa mto errada com o cabelo dele. A louca que voz fala não tirou o condicionador da cabeça do filho. Então amigos, se o meu marido perguntar digam que a Johnson&Johnson lançou um Creme sem Enxágue infantil. GRATA.

Antes que alguém pergunte, não, nem passou pela minha cabeça colocar ele de volta o banho.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

FÉRIAS - EU TE ODEIO!

Ah as férias de julho! Férias de julho me lembravam tantas coisas boas! Primeiro, 4 semanas sem aula, sem lição de casa, sem provas, sem ter que acordar cedo, sem buyling (sobre esse assunto ler o post anterior).

Eu geralmente passava as férias de julho na casa da minha vó, que morava a 15 minutos (a pé) da minha casa. Mas não era só eu quem passava as férias lá! Eu, meu irmão, minha irmã, meus oito primos e eventuais amigos nossos também freqüentavam a colônia de férias da minha vó. E era legal demais! A gente comia pão fritinho com manteiga, leite batido com goiabada, brincava de pega latinha (e a Preta, minha irmã, sempre se escondia no mesmo lugar). Todo mundo caia do murinho que separava a cozinha da sala de jantar (mas só o meu irmão, Padrão, rachou a cabeça né, fala aí!). Enfim, a casa da minha vó era a nossa Disneylandia caipira (Preta e Pedro, eu citei vocês de propósito, porque eu sei que vocês me Lêem mas quase nunca comentam. E eu sou rancorosa e levo as coisas pro lado pessoal, portanto, cadê os comentários da família???).

Enfim, hoje eu sei que o que pra gente era a maior diversão de todos os tempos pra minha mãe era um alívio, já que ela, via de regra, não tirava férias em julho. A colônia de férias da vovó era a solução de todos os problemas!

Pois então vamos avançar 25 anos e chagamos até hoje, 13 de julho, data em que o Little Big está de férias e eu não. Vocês, leigos em assuntos maternos podem estar pensando “já li 3 parágrafos e ainda não entendi onde essa mulher quer chegar...” Pois eu explico: Se seu filho (tá, ele é meu enteado, mas é meu filho na prática né galera?) sai de férias e você não, numa cidade como São Paulo, e todos os seus parentes mais próximos estão a mais de 150km de distância, e se seu outro filho não está de férias, bom, é o Armagedon! É um desastre! Um Tisunami na rotina de qualquer mãe.

Explico: Moro num prédio com muitas crianças, todas da idade do Little Big, o que é ótimo porque ele tem muitos amigos. Mas a maioria das crianças freqüenta a já exemplificada colônia de férias da vovó, o que é péssimo porque o prédio fica deserto o mês de julho todo. Renegado à turma dos sem vó, sobram no prédio Little Big, Larissa e Giovana. Essas duas últimas só brincam de Barbie, fora de cogitação (ok, nada contra se ele quiser brincar, as vezes até rola dele se enturmar na brincadeira das meninas e, na boa, não vejo nada de mal nisso, acho aliás coisa de menino muito bem resolvido).

No final das contas ele acaba ficando o dia todo dentro do apartamento, jogando vídeo game, assistindo Nicklodeon e Cartoon, mexendo no computador e LIGANDO NO MEU CELULAR!!!



Agora imaginem a cena, lá estou eu, 9h30 da manhã, sentada na baia do auditado, pegando evidências, levantando fluxo, anotando tudo no meu caderno sem nível (com um surfista na capa – alou pessoal dos suprimentos de escritório, acaba com a credibilidade do auditor esse negócio de capa de caderno colorida, além de ser muito anos 80 né, vamo combiná) e de repente toca meu celular. Número de casa, eu sabendo que o Little Big está lá só com a minha secretária (e fiel escudeira, Di! Te amo mais que chocolate!) atendo. Ele: - “Mari, não consigo abrir o saco de pão”.


E o dia tá só começando...

10h30 – Ele me liga pra perguntar se a Giovana pode ir lá em casa.

12h30 – Liga pra perguntar se precisa comer toda a salada.

14h00 – Quer saber se falta muito pra eu chegar.

15h00 – Liga e eu não atendo porque estou em reunião.

16h30 – Me pergunta, indignado, porque eu não atendi as últimas 6 ligações. Respondo que estava em reunião. Ele quer saber sobre o que era a reunião.

17h30 – Quer que eu dê sugestões sobre o que ele pode fazer porque está de saco cheio de ficar o dia inteiro dentro do apartamento.

18h00 – Liga pra ter certeza que eu já saí.

Pois é minha gente, o post poderia acabar aqui. O dia também. Mas ainda temos o segundo tempo de toda mãe que trabalha. O meu começa quando vou buscar o Theo na escolinha (que graças a Nossa Senhora do Bom Parto não tem férias de julho). Quando chego em casa e os dois se encontram, depois do Little Big ficar o dia inteiro guardando a energia característica dos meninos de 9 anos pra esse momento, minha sala vira palco de ensaio do Circo Du Seu Léu. Eles ficam correndo pelo apartamento (a pé ou sobre veículos de 3 rodas, aqui em casa conhecidos como bibi), gritando um pro outro, ouvindo Britney Spears, pulando, pedindo mamá, água, suco, coca, cachorro quente e até um cachorro de verdade!

As 8h30 amarro coloco os dois na mesa pra jantar (geralmente eu fico sem jantar pra poder agir rápido caso um deles derrube o copo de suco ou queira jogar o prato de comida na parede – juro, já aconteceu).

As 21h30 é hora do banho. Nessas férias eu desenvolvi nova técnica: coloco os dois dentro do Box com um balde de brinquedos e corro pra arrumar os respectivos pijamas.

NOTA: Importante esclarecer que o Big resolveu fazer um curso intensivo de inglês no mês de férias escolares porque né,julho é um mês tranqüilo (PRA QUEM?HEIN?OI? – desculpa, precisava desabafar).

As 22h00 quando está todo mundo limpo e trocado, eu coloco no Discovery Kids pra ver se o sono deles chega. Mas quem chega é o papai e aí, é claro, eles precisam fazer toda a apresentação do Circo du Seu Léu again!

Lá pelas 23h00 conseguimos convencer os dois a deitar na nossa cama (sobre esse assunto ler o post sobre cama compartilhada) e depois de uns 40 minutos os dois dormiram.

23h40 é hora da mamãe tomar banho e arrumar a mochila do berçário pro dia seguinte. Se tudo der certo, consigo dormir as 24h20. Eu já comentei que no dia seguinte acordo as 6h30? Não? Ah então, tem esse detalhe.

Portanto, Férias de Julho, eu te amei, te esperei, te curti durante anos... Mas, posso falar que agora EU TE ODEIO? Pronto, falei.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Cola o seu retrato (junino) no meu, Pra ver se cola

Junho é sempre um mês legal pra minha pessoa. Tem dia dos namorados, e eu ganho presentes fofos do Big, depois é meu aniversário, e eu ganho presentes fofos de todo mundo (olha que pessoa querida eu né?) e tem as Festas de São João.
Eu era meio traumatizada com festa junina. Porque pensa comigo, morando no interior, aniversário no meio de junho TODAS  as minhas festinhas de aniversário eram a caráter São João!
Festa Junina da Mônica, Festa Junina dos Ursinhos Carinhosos, festa do Power Rangers junino (tá, essa é mentira)... Enfim, eu até gostava da quadrilha, das paçocas, de pescaria mas né, tem limite. E o pior EU NUNCA ERA A NOIVINHA.  Na escola eu não era porque eu era feia. Sim, eu sei, vocês vão querer me consolar dizendo que agora eu dei uma boa melhorada (hohoho) e que o buyling todo já passou, mas o fato é que eu era bem zoadinha. Aparelho externo nos dentes (ortodontistas do Brasil, obrigada por não mais obrigar crianças a usar esse tipo de instrumento de tortura, e Ah! Dr. Ademir, meu ortodontista da infância, obrigada por ajudar os bulinadores da minha escola); eu usava óculos de grau de gatinho sabe? Daqueles que deixam qualquer um com cara de idiota, tinha cabelinho Chanel porque minha mãe resolveu não dar mais opinião nos meus cortes de cabelo após o evento Chitão em 1989 (e também porque era época da novela “A usurpadora”). Enfim eu era feia e não, eu não vou colocar nenhuma foto dessa época aqui porque se ela teve uma parte boa foi a parte em que acabou!
Só em caráter ilustrativo/didático, eu era mais ou menos assim (mas a armação do meu óculos era rosa porque eu sou mocinha) mas sem ser a Katy Perry - detalhe importante esse.

Mas o Cabelo era mais ou menos esse aqui ó:

Sim pessoas, era chanel + topete + franjinha "falsa"e o Celso Kamura cortando os Pulso em 1991.

Voltando aos assuntos juninos, eu era feia, como já muito bem expliquei, e nunca seria portanto a novinha da festa junina. E ninguém nunca pensou em me vestir de noivinha nas minhas festas de aniversário juninas, o que dava espaço para outras meninas virem de noivinhas e eu ficava lá, me arrastando pelos cantos de batom-blush na bochecha, pintinhas e chapéu que já vem com tranças. Resultado óbvio: Trauma.
Enfim, eu evitei comemorações juninas até ano passado, porque eu posso até ser traumatizada mas nem por isso o Theo não vai poder dançar ao som de “pula a fogueira ia iáaaa”. E esse ano festa junina aqui em casa foi em dose dupla, porque o Lil' Big também fez uma super performance a caráter no colégio dele.
Então lá fui eu para todos os preparativos juninos que me cabiam no papel de mãe e boadrasta.
Passo 1- Camisa Xadrez. Andei viu. Andei muuuito e não achava camisa xadrez número 10 por menos de 60 paus. Oi? Alguém sabe quem foi o gênio que inventou que camisa xadrez tá na moda? Agradece ele por mim e diz que graças a ele minhas comemorações juninas saíram muito mais caras do que o esperado! A camisa do Theo ele já tinha ganho  de herança de um priminho. Yes, nós reciclamos roupas!
Passo 2 – Chapéu. Fácil, loja de 1,99.
Passo 3 – Remendos. Aí que eu fiquei arrasada porque minha mãe fazia remendos ótimos nas nossas roupas, em formato de coração, estrela, violinha e por aí vai. Mas cadê a habilidade artística e o tempo quando a gente precisa hein?
Roupas ok, fomos pras festas, do Lill'Big num sábado e do Theo na sexta seguinte. Na verdade só fomos na festa do Lill' Big porque a do Theo foi fechada só pras crianças da escolinha. Muito pula fogueira, olha a cobra, paçoca, cachorro quente, quentão e vinho quente e cervejinha pros pais. A festa tava linda, o Lill'Big também, todo na estica de caipirinha. Quando ele foi dançar o Big chorou porque né, super emocionante a coreografia com narrador que grita “balancê”(oi?). Na verdade ele chorou porque ele é um cara de 2 metros de altura recheado de muito amor cremoso por dentro, mas como uma cobertura crocante de orgulho por fora. Rá. Melhor descrição Ever! Te amo Pre!(ok, voltando ao texto)
Na sexta fui arrumar o Theo e resolvi que já que a roupa não tinha remendo eu ia pelo menos fazer uma barbinha nele, estilo Nhô Theo! Já pensei comigo, vou ter que amarrar né, pra desenhar bigode na cara de bebê de 1 ano e 8 meses. Que nada! A hora que ele me viu com o lápis de olho em punho ficou quietinho e depois dançou em frente ao espelho todo orgulhoso da puberdade precoce. Nem preciso falar que ele tava irresistível né?
Mandei a máquina fotográfica na mochila e rezei pras tias não esquecerem de tirar bastante foto. No fim do dia, corri pra buscá-lo e assim que chegamos em casa fui ver as fotos na máquina claaaro. E lá estava ele, todo lindo, de caipirinha, sentado num banquinho, bem pertinho DE UMA MENININHA VESTIDA DE CAIPIRINHA. Oi? Perai, vamos pra foto 2 na qual ele deve estar curtindo a balada junina com os amigos. Foto 2 era ele e A CAIPIRINHA TOMANDO UNS BONS DRINK MAMANDO! Foto 3 Theo e A CAIPIRINHA enquanto Antônio segura vela. Foto 4 Theo e A CAIPIRINHA com cara de que foram pegos no pulo.
Ok, ok. Eu tinha visto o suficiente. Preciso falar que eu morri? Bom, a Caipirinha chama Gabriela, o Theo chama ela de Bibi e a tia da escolinha falou que os dois simplesmente se A-DO-RAM! Se enchem de abraços e beijos toda vez que se encontram e estão sempre juntos. Minha conclusão. O Theo tem uma namorada!
Conformada com o primeiro relacionamento amoroso do meu filho de 1 ano e 8meses (oi? bebi?alguém me joga água na minha  cara por favor),  Fui salvar as fotos juninas no computador e foi aí que eu vi o truque. Na última Foto onde a caipirinha aparece o Theo está com a mamadeira dela na mão enquanto ela faz cara de quem não está gostando nada disso! Ou seja, o xaveco todo foi só pra afanar a mamadeira dela! Rá! Meu filho não tem namorada! Ou eu sou uma mulher totalmente descontrolada que prefere se enganar do que ver fotos do filho com a amiguinha e cantar mentalmente “cola seu desenho no meu, pra ver se colaaaa”.
Obs: O texto ficou ENORME, espero que alguém leia hahaha. Beijos juninos com cheiro de pinhão pra vocês.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Operação Balada

Toda semana eu abro a Contigo! (oi?) e vejo fotos de celebs glamourizando em eventos de toda a sorte, de todo lugar e de todo gosto (ou da falta dele). Estão lá, lindas, maquiadas, de salto alto e sem filhos mas... Peraí, várias delas tem filhos (e eu sei disso porque vi foto de TODAS com o barrigão). Então, cadê as criança? Comé que faz pra tá toda semana sensualizando o Rio de Janeiro sem filhos? Não rola uma culpa básica? A criança não sente falta? Elas conseguem não falar sobre os filhos? To sendo muito careta, e a moda agora é namorar pelado sair por aí esquecendo que pariu?


Flávia Alessandra, deixou a Filha mais velha Giulia de 11 anos cuidando de Olívia de 7 meses e foi glamourizar na festa da novela Morde e assopra.


Fernanda Lima deixou os gêmeos João e Francisco de 2 anos em um hotelzinho em São Miguel Paulista pra poder ficar 3 horas no salão. E o cabelereiro não sobreviveu pra contar porque fez uma merda tão grande na cabeça alheia. 

Por último a mãe do ano, Dani Winits, que deixou Noah de 3 anos com o Pai Cássio Reis (bom pro menino né, vamo combiná) e o caçula Guy de 5 dias (oi? que porra de nome é esse?) na maternidade pra ir buscar o ex Jonatas Faro na Matinê da Loka em Sp.
Bom, to falando sobre isso porque né, rolou uma baladinha esse final de semana, aniversário da cunhada em um Pub e eu tive que ORGANIZAR UMA OPERAÇÃO DE GUERRA COM 1 SEMANA DE ANTECEDÊNCIA pra poder sair por 6 horas.
Vou resumir em tópicos porque eu tenho preguiça de escrever direito eu acho que fica mais organizado.

Resumo da Operação balada:

1 - Consgeuir me maquiar com um menino jogando controle remoto na privada e o outro chorando porque o irmão jogou o controle remoto na privada;
2 - Despachar os 2 menino no sábado a noite - Little Big foi pra casa da mãe e Theo pra casa da minha tia!God bless minha única tia que mora em São Paulo! Tia, beijo, me liga!

3 - Chegar na balada e não ficar pensando: " Vou gastar os tubos na terapia porque deixei meu filho na casa alheia pra vir cachaçar";
4 - Tentar falar sobre outro assunto que não o desfralde (sim, tá chegando a hora, eu  to meio abalada com isso, acho que tá muito frio pro Theo começar a cagar no peninco mas também acho que ele tá incomodado com a fralda, eu to assim, meio abalada com isso, pensando bem acho que vou esperar esquentar um pouquinho porque ninguém merece ficar com a bunda de fora num frio desses, se bem que quer coisa que gela mais os documentos do que  fralda mijada? Eu já falei que to meio abalada com esse assunto?)
5 - Lembrar que a grande e esmagadora maioria das pessoas que estão num Pub as 2 da manhã do sábado não tem filhos, nem nunca trocou fralda cagada portanto não estão nem um pouco abaladas com desfralde. Tentar falar de outro assunto.
6 - Perceber que não tem mais outro assunto;
7 - Trapacear e sair pela balada desesperadamente procurando alguém que use uma correntinha de mãe, sabe? Aquela com o pingente menino, ou pingente menina? Como uma vez já fez a Roberta, e, é claro, não encontrar;
8 - Resolver que tem que beber mais pra entrar no clima da balada;
9 - Ouvir as pessoas cantando " And I, had the time of my life" e soltar: "Conheo essa música, é do Dirty Dance!" e virar motivo de chacota pro resto da noite (velha, velha, velha, velha, sou tãaaaaao anos 80...);
10 - Ficar bêbada, fazer declaração de amor pro marido, falar pro Tio boa Pinta que gosta dele pra caralho, e chorar de saudade do filho;

Bom, finda a balada passamos no Mc Donalds porque a gente é muito radical e ri na cara do perigo (e do colesterol). Fomos dormir e acordamos desesperados pra ir buscar os meninos. Curamos a ressaca brincando de cabana antes de dormir.

E a lição aprendida foi: Se você é mãe pode até sair do ninho, mas o ninho nuca sai de você! E seus amigos vão ter que começar a aprender a aceitar que você só conversa sobre cocô e não conhece as músicas do momento, a não ser que seja o CD novo do Palavra Cantada.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Sobre mães, madrastas, filhos e a coragem no meio de tudo isso


Eu já falei um pouco aqui e aqui e aqui como foi o começo da minha relação com Little Big. De quanto foi difícil no início, como foi nossa aproximação e de quantas vezes fomos confundidos com mãe e filho... Então veio o Theo e, como bem diz a Roberta do Piscar de Olhos, eu fiquei totalmente monotemática.


Depois de uma avalanche hormonal de ocitocina, prolactina e mais um monte de hormônios inomináveis que fazem a gente chorar em comercial de fralda e arrumar briga com seguranças de Banco, as coisas foram se ajeitando com o Theo e a nossa família! Eu e Big casamos, duas vezes porque né, a gente se ama muito e resolveu casar a prestação pra reafirmar o compromisso. Eu me vesti de noiva, vi o Theo entrar na cerimônia com a minha mãe e o Little Big carregar as alianças! Aí é claro fomos viajar e deixamos o Theo por uma semana aos cuidados da Minha mãe e , quer saber, foi legal pra caramba!

E no meio disso tudo eu esqueci de contar aqui um detalhe importantíssimo dessa trajetória nada mole do meu humilde meia taça 44. Estamos com a guarda de Little Big.

Eu sei que a primeira coisa que as minhas leitoras mães vão falar é: MAS COMO ASSIM PUTAQUEOPARIU ELE NÃO ESTÁ COM A MÃE DELE???

Bom, daí que agora eu vou entrar num assunto delicado e que, sinceramente, até eu que estou vivendo a situação tenho dificuldade de entender...

Porque o Little Big tem uma mãe, certo? Que pariu, amamentou, trocou fralda, enfrentou a separação do namorido, Big, pai do seu filho, resolveu ir embora de São Paulo, depois voltou pois achou que não era justo afastar o filho do pai, e aí eu apareci, e ela no começo desconfiou de mim, mas depois a gente se conheceu e ela viu o tamanho do meu carinho e do meu respeito pelo filho dela, e achou que era hora de também procurar alguém pra dividir a vida e foi aí que apareceu no seu caminho um Canalha. E infelizmente levou dela não só todo o recurso financeiro, mas os sonhos de alguém que já tinha sofrido por demais nessa vida.

Esse parágrafo é só pra resumir (BEM RESUMIDO) o que aconteceu com ela. Mas ia ficar difícil de entender a história sem essa parte importante e eu espero que a Mãe do Little Big não se importe em ser citada aqui.

Acontece que vendo tudo isso acontecer com ela, Big percebeu que Little Big estava enfrentando todos esses desafios também, e passando por situações que ele não precisava passar com 8 anos de idade. Foi aí que ele me perguntou: “ Little Big pode vir morar com a gente?” E eu respondi: “ Claro que Pode” , mas já logo pensei que a mãe dele não ia deixar nem fudendo, porque eu não deixaria! Porque não é o fato da nossa situação econômica ser melhor que vai fazer a vida da criança mais feliz, e porque eu sou mãe né porra, e mãe não tem coragem de ficar longe de filho em hipótese alguma nesse mundo de meu Deus!

Mas o Big é meu parceiro, estava sofrendo por ver Little Big em toda aquela situação e eu tinha que tentar fazer isso por ele. Por eles!

Surpreendentemente (ou não) minha relação com a Mãe do Little Big foi sempre muito boa desde quando a gente se conheceu, pelo simples fato de que a gente se respeita. Eu respeito o passado dela ao lado do cara que hoje é meu marido, e ela respeita o meu presente, ao lado do ex-namorido dela. Evoluídas nós duas né não?

Acontece que por essas e outras ela sempre me escuta muito, a gente conversa e ela leva em consideração o que eu digo a respeito da educação do filho dela, meu enteado. Ela sabe que como ela eu quero o melhor pra ele, sempre.

E fomos lá, Big e eu, conversar com ela sobre a nossa idéia de Little Big vir morar com a gente. Eu falei sobre as escolhas que a gente tem que fazer na vida, que infelizmente ela estava passando por uma fase delicada e que lá em casa Little Big teria toda segurança do mundo pra se desenvolver, ele tem o quarto dele, tem os amigos, tem ótimas escolas lá perto e tem o pai, a madrasta e o irmão. E Big falou que não era justo Little Big sofrer pelos acontecimentos da vida da mãe. E eu já pensei comigo “ Cagou né, agora que ela nunca vai aceitar um troço desses!”

E pra minha surpresa ela disse que Sim, ele podia vir morar com a gente, ela ia estudar, dar um up grade na carreira, e quando se estabilizasse ele voltava a morar com ela.

OI? Como assim? Tá Louca? Bebeu? É seu filho! ÉFE- E-ÉLE-AGÁ-Ó! FILHO!

Juro que eu Choquei!

Como ela ia ficar todo dia sem saber se comeu, se dormiu, se tomou banho, se chorou, se fez lição, sei lá! Eu julguei Mesmo! Sem pudores! Pensei comigo: “ Mas que tipo de mãe aceita numa boa, amigavelmente, não morar mais com o próprio filho?” Bati no peito e jurei que se fosse comigo jamais me separaria do meu filho! E passei uns bons meses pensando assim, que ela era uma mãe relapsa, uma má mãe, uma mãe de merda mesmo! Tive raiva, quis tirar satisfação, sentia pena do Little Big e me sentia pressionada a preencher o papel que na minha cabeça havia sido abandonado!

Até que um dia tive que ir buscar algumas coisas do Little Big na casa dela e tivemos um momento só. Nós duas, de mãe pra mãe. E foi então que ela quebrou todos os meus preconceitos. Me lembro de ver o quão sofrido estava sendo aquela situação através dos olhos dela, no semblante. Ela sofreu demais, foi enganada, perdeu tudo e ficou só. Com um filho que dependia dela. E nesse momento nossa família estendeu a mão e pediu pra cuidar do Little Big e ela sabia que na minha casa o filho dela teria uma família, seria acolhido, teria conforto psicológico e financeiro. Pensando nele, e só nele, ela nos entregou o próprio filho com o coração dilacerado. Se tivesse sido egoísta, pensado só nela, não teria aceitado. Teria rejeitado nossa ajuda e continuado sua luta, com todas as desavenças e necessidades que ela enfrenta hoje e ainda vai enfrentar, obrigando o filho dela a passar por tudo isso junto.

Ela não foi, não é e nunca será uma mãe de merda. Ela é uma mãe de coragem! Que colocou o bem estar de um filho acima de qualquer sentimento próprio. Admiro o que ela fez. E espero de todo o coração estar à altura da confiança que ela depositou em mim. Afinal de contas, a gente não entrega filho da gente na mão de qualquer um.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

A triste história do pai que amamentava

Dentro de toda a polêmica envolvendo a amamentação, resolvi fazer um desafio à minha imaginação...

E SE O PAI AMAMENTASSE?



imagem: blog freada na zorba

Bom, pra começar existiria licença amamentação e seria de 1 ano, porque né, até o cara ensinar a pega (a pega é o jeito que o bebê abocanha o peito para sugar o leite, e sim, isso tem de ser ensinado, pois o bebê não nasce sabendo mamar, ele nasce com instinto de sugar, a pega é a primeira treta da amamentação meus caros!) pro bebê, já foram uns 2 meses;

Haveria uma especialidade médica só para a amamentação, os Amamentologistas, pra atender pais com peitos rachados ou com Mastite, já que os pais leiteiros seriam incapazes de resolver esses problemas by them selves, e também porque as mães não iam aguentar mais ouvir o bebê e o pai chorando ao mesmo tempo;

O pai ia pedir logo uma anestesia local nas tetas, assim que a mãe desse a luz, pra anestesiar os mamilos. Amamentar dói no começo e sabe como é homem com dor né, parece que tá morrendo;

Todos os locais publicos seriam dotados de espaços específicos para a realização da amamentação, os Amamentódromos (tipo os extintos fumódromos) com poltronas confortáveis onde os pais com tetas leiteiras poderiam conversar sobre o campeonato brasileiro enquanto alimentavam seus rebentos;

Nunca mais um pai reclamaria por colocar o berço do bebê dentro do quarto, porque né, coitado do cara! Vai ter que acordar de madrugada pra dar de mamar e ainda andar até o quarto do Bebê, no frio? JAMAIS!

Caso um pai precisasse amamentar em público em uma exposição e fosse impedido por seguranças de faze-lo, formaria-se logo uma corja de pais leiteiros pra dar um cacete no segurança e ainda fariam grito de guerra, tipo torcida organizada: Amamentar é coisa de MACHO! Se eu quiser fazer eu Façooooo!

O Rafinha Bastos faria piadas sobre as tetas das mães serem secas porque vamo combiná, o cara nunca sabe a hora de parar!

O Marcelo Tas processaria o Carrefour por ter sido impedido de amamentar na fila do supermercado.

O pai que amamentasse ia se sentir no direito de ficar o dia inteiro sentando gemendo e reclamando de dor na teta enquanto a mãe ainda no pós parto faria de faxina a curativo de umbigo.

Depois de ter amamentado o filho por 4 meses, o pai ia desistir porque não aguentaria mais acordar de 2 em 2 horas, não poder encher a cara, ter de estar sempre a disposição do bebê e ainda lidar com bicos rachados e mastites. Sairia indignado, iria até a farmácia e compraria uma lata de NAN e uma mamadeira.

Moral da história: AMAMENTAR NÃO É PRA FIFIS! Tem que ter bolas pra fazer isso, e não é no saco minhas amigas e meus amigos, são duas bolas cheias de leite que enchem um sutiã! E ah! São bolas bem maiores que as dos machos do CQC!

PS: Esse post foi uma tentativa bem humorada de discutir um assunto sério, e faz parte da blogagem coletiva chamada pelo Blog Rede Mulher e Mãe! E se você se sentiu ofendido, faz o seguinte, me processa, ok?

terça-feira, 31 de maio de 2011

O Theo e o Oscar

Aí eu to em casa na segunda a noite, com sopa no fogo, Backiardigans no DVD corrigindo uma lição de casa de números arredondados quando escuto um estrondo: CATAPLOFT (eu amo onomatopéias tá, me deixa!).


Saí correndo, larguei a sopa, o Tyroni e a apostila do Anglo e fui acudir o Theo já pensando: pronto, quebrou o braço né, pra fazer esse barulho todo, já comecei a calcular a rota até o PS infantil mais próximo (mãe GPS mode on).

Quando cheguei no banheiro, o Theo estava lá dentro (a fixação por privadas continua, alguém podia me ajudar PELOAMORDEDEUS?), o velotrol estava dentro do Box, ele de pé, com cara de riso me esperando chegar. Olhou bem pra minha cara, mandou um: “ Tetheo íu” (traduzindo para os leigos que não falam nenenzêis significa “O Theo caiu”).

Foi aí que eu percebi que meu filho possui talento pra ganhar o Oscar! Ele deu dois passinhos FINGIU que tropeçou no próprio pé, deu um pulinho fake pra cima, soltou um “ai” e caiu sentado em cima da fralda esperando a minha reação desesperada. Aí eu fiz o que qualquer mãe normal faria: MIJEI DE RIR! E assim passamos a noite ouvindo “Tetheo íu” e vendo um bebê pular e cair de bunda apartamento a fora. It´s my life! (is now or neveeeeeeeeeeeer., i ain´t gona live foreveeeeeeeeeeeeeer – AMO BON JOVI)


Mais tarde, todo mundo deitado na minha cama, como eu muito bem já expliquei aqui, o Theo pega o IPad, e começa a FINGIR QUE ESTAVA LENDO!

Começou a correr os olinhos pela página que estava aberta e ia falando ao mesmo tempo todas as palavras do seu vasto vocabulário. Imaginem a cena: bebê de 1 ano e 8 meses de pijama, deitado de bruços balançando a perninha, “lendo” um texto mais ou menos assim:

“Tetheo , naná, cocô, imão, papai, mimi, irigi, cuco, mamá, Pepe, mamãe, papo, auau!”

Agora a tradução simultânea do nenenzêis para o português durante entrega do Oscar:

“Eu, Theo (Tetheo), gostaria de deitar no meu travesseiro (naná), mas senti vontade de fazer cocô(cocô é cocô mesmo, não é um gênio?). Depois encontrei meu irmão(imão) e meu pai (papai), que também queriam dormir (mimi) mas tiveram que dirigir (irigi). Então resolveram tomar suco (cuco), enquanto eu tomei leite (mamá) segurando a chupeta (Pepe). Minha mãe (mamãe) tem medo de sapo (papo), mas gosta de cachorro (auau).”

Finda a explanação, Theo olha pra mim e fala: “Bô mamãe”, me enche de beijo, vira e dorme!

Agora fala pra mim se não vai ser o orador da turma?

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Eu, eu mesma, Theo, Little Big, Big e uma cama pra chamar de cafofo

Esse é a hora da verdade, vou fazer uma revelação bombástica e estarei sujeita a toda sorte de julgamentos, palpites e opiniões científicas. Eu pratico cama compartilhada!


No meu caso a coisa começou no inverno do ano passado, eu estava voltando de licença maternidade, com toda a CULPA que é parte principal do ato de voltar a trabalhar, e ainda amamentava o Theo que, para meu total e completo desespero, não mamava outro leite a não ser o meu! Ah, ele também não pegava mamadeira, nem depois de eu ter feito promessa de raspar a cabeça a lá Carol Dieckman em Laços de Família se ele mamasse NAN na mamadeira LINDA da Nuk. Nada feito, meus cabelos agradecem mas meu sono não!

O Theo só mamava e comia fruta, nessa época eu já estava trabalhando, estava frio pra cacete e eu acordava de 2 em 2 horas pra amamentar, levantava tremendo de frio, tirava ele quentinho do berço e ia amamentá-lo na sala, que é o cômodo mais gelado do meu apartamento. Eu tinha uma noite de merda, pra resumir.

Como o Big não podia amamentar o Theo no meu lugar (o pessoal do senhor Darwin, tem que ver isso aê hein? Tá na hora da evolução da espécie produzir pais com tetas leiteiras, ok?) , e após um acidente vascular amamental (leia-se, eu amamentava com aquela almofada em forma de C manja? Então, a almofada é ótima porque você não precisa fazer força para segurar o bebê durante a mamada, mas o negócio é tão confortável pra uma mãe que não dorme há dias que eu dormi enquanto ele mamava e só acordei com o barulho do Theo caindo no chão. Sim foi horrível, não ele não machucou mas eu fiquei ARRASADA e fui trabalhar no dia seguinte com a culpa sambando na minha cara de fio dental).
Após essa experiência traumática eu comecei a pegar o Theo no berço de madrugada e levar pra minha cama. Aí amamentava ele naipe Pit Stop de fórmula 1 sabe? Ele fazia “ Nhé” , eu já colocava o peito na boca dele ele mamava e dormia quentinho, e fazíamos assim até de manhã.:“ Nhé” , peito a postos, soninho gostoso; “ Nhé”, peito a postos...

Bom, Big começou a viajar muito a trabalho, eu ficava sozinha com o Theo, e a cama era tão grande, e estava tão frio, e ele ainda mamava e as desculpas acabaram. Colocava ele pra dormir toda noite na minha cama e pronto!

E assim ficamos uns bons 4 meses, até que as viagens do Big diminuíram, e o Theo já mamava na mamadeira e chegou a hora de abolir o Pit Stop. Mesmo assim, pra fazer ele dormir eu tenho até hoje que deitar ao lado dele e dar a mamadeira. Aí ele mama, depois me abraça (JU-RO, abraça mesmo, como se eu fosse um ursinho de pelúcia sabe?) e dorme. Aí ele vai pro berço, e de madrugada, quando acorda pedindo a mamadeira volta pra minha cama.

Então eu fazia uma semi cama compartilhada, já que o Theo não dormia a noite inteira na minha cama.

Acontece que umas 2 semanas depois que o Little Big mudou lá pra casa o Big viajou a trabalho, ficou uma semana fora. E toda noite o LB via que o Theo adormecia na minha cama, no quentinho, abraçado comigo. Até que na 3ª noite ele me perguntou: “Mari, posso dormir aí também?” E tinha como falar não? Deitamos os 3 na cama, o Theo adorou! (no começo ele deu uma estressada de ciúmes mas depois passou) Brincamos de cabana, conversamos, assistimos filme e dormimos os 3, juntos, a noite inteira, até o Big voltar.
Hoje em dia a gente deita todo mundo junto na mesma cama e quando os meninos dormem colocamos cada um em seu quarto.

Li muitas críticas sobre a cama compartilhada, mas existem dicas de segurança básicas pra que não aconteça nenhum acidente, como por exemplo não colocar as crianças pra dormir na sua cama se você ou o marido tiverem usado drogas. Oi?
Pra mim, compartilhar a cama é um ato de carinho com os dois! Com o Theo que fica o dia inteiro longe de mim e que, apesar de não mamar mais no peito, tem uma necessidade enorme de contato físico comigo. E com o LB, que está passando por um momento de muitas mudanças na vida dele e que também precisa se sentir acolhido na nossa família. O ato de adormecer comigo o pai e o irmão dá segurança, dá pra ele a sensação de pertencer a esse momento de aconchego, de bagunça, de compartilhar as coisas, seja uma história, um acontecimento, um beijo coletivo, um montinho ou um pedaço de coberta.

Eu acredito que pra criarmos filhos independentes precisamos criá-los seguros do amor que temos por eles. Obriga-los a adormecer longe de mim não é incentivar a independência e sim impedir o exercício do carinho, a demonstração do amor de uma mãe que passa o dia todo fora com o coraçãozinho apertado! Fora o fato de que depois que eles começaram a dormir comigo a culpa nunca mais sambou de fio dental na minha cara! Rá!

terça-feira, 3 de maio de 2011

MAMI'S SHAPE (O Segredo da Desembarangada de Ivetão)

Estou voltando com um assunto que é recorrente em rodinhas de mulheres (não só de mães). O nosso lindo corpitcho. Sim minhas caras, vaidade é um negócio que não se despede da gente por uma janela quando o bebê entra pela porta. Não!


Ela pode ficar esquecida por alguns momentos no pós-parto (salvas as devidas exceções como Claudia Leite e Fernanda Lima), momentos de total e completo encantamento e dedicação ao novo serzinho (leia-se, desespero, falta de experiência e dúvidas do tipo "o que eu faço com esse resto de cordão umbilical grudado na barriga do meu filho??? SOCOORROOO"). Mas logo nossa vaidade volta pela janela e começa a perguntar pra gente: "E ai baranga? Ser mãe não é desculpa pra se transformar em mocréia não!"

Aí pronto, você fica neurótica, começa a achar que a sua barriga vai ficar pra sempre torta pro lado esquero (a minha ficou umas 3 semanas assim e eu J U R A V A que nunca mais ia voltar ao normal, tragédia), que o seu cabelo nunca mais vai parar de cair, que vai ter que usar o sutiã da sua avó depois que parar de amamentar e por aí vai.

Pois colega, se você também entrou nesta neura, seus problemas acabaram! Apresento a vocês a nova moda entre as mães modernas! É o fim da Solange Frazão, do Shake da Luciana Gimenez, do AB isolator e dos planos anuais de academia!
Chegou o revolucionário plano “Mami’s Shape”. Com ele você terá dietas e treinos práticos, adaptáveis ao seu dia a dia conciliando a presença do bebê com a sua vaidade!

Passo 1: A partir de 1 mês

Obs1: Notem que eu pulei o pós parto, já que eu acredito que nesta fase a gente ainda está totalmente enlouquecida com outros assuntos, então ninguém ia topar iniciar o “Mami’s Shape”.

Quando o bebê já tem um mês de vida, você provavelmente já está menos maluca e é capaz de seguir os passos do programa. Essa fase é muito simples:

Dieta: Preocupe-se com a amamentação do bebê que a natureza faz o resto. Ou seja, nada de frituras, chocolate, refrigerante, café ou temperos muito fortes. Beba muita água.

Treino: Coloque o bebê para arrotar e fique em pé. Ande por toda a casa, geralmente temos que esperar uns vinte minutos, portanto é o tempo pra fazer um leve exercício. Enquanto o bebê dorme, reze para sua barriga desentortar (eu rezei, e funcionou, também usei a faixa de pós operatório, mas acho que se eu não tivesse feito promessa pra Santa Rita nunca mais tinha voltado no lugar).

Passo 2: A Partir dos 5 meses

Agora o bebê já começou a comer as papinhas e tomar os suquinhos, ele também deve estar começando a brincar no chão.

Dieta: Siga a dieta do passo 1, e quando a fome bater coma os restos de papinha do bebê. Infalível!

Treino: Enquanto pega o bebê no chão, faça agachamentos. O exercício consiste em afastar as pernas na largura do quadril e agachar. Nesta fase também dá pra começar a malhar o bíceps, enquanto levanta o bebê no ar.

Passo 3: A partir de 10 meses

O bebê engatinha e as papinhas começaram a ficar mais consistentes. É um ótimo momento para intensificar os treinos.

Dieta: O passo 1 ainda continua ativo (até você parar de amamentar). Nesta fase você já voltou a trabalhar, portanto a idéia é a seguinte: Não coma nada que você não daria para o seu filho, ou seja: feijoada, buchada, rabada e demais comidas que terminem com Ada estão terminantemente proibidas.
Treino: Coloque o bebê no carrinho e dê uma volta pelo bairro. Agora que você já está com um condicionamento físico melhor, devido aos passos anteriores, vale dar uma corridinha de vez em quando. O Theo adora!

Passo 4: Até os 18 meses

O bebê já anda, já come quase de tudo, você já está ficando maluca com a dupla jornada e a Ivete Sangalo já desembarangou depois do parto dela (detalhe, o bebê dela é mais novo do que o seu!). Calma, continue firme que os resultados serão nítidos!

Dieta: Coloque a sua comida num prato, a do bebê no outro, e sentem os dois para comer. Você vai dar a comida dele pra ele, comer o restinho e desistir de comer a sua. FATO.

Treino: O bebê não só já anda, como também corre, adora enfiar o dedo na tomada, a testa na quina e os seus controles remotos na privada, portanto: Corra atrás dele mamãe! Esse é o treino aeróbico! Você também vai malhar braço, pois, após o dia inteiro longe de você, o bebê não vai querer sair do seu colo. Portanto prepare-se para desenvolver as mais variadas atividades com o bebe no colo: Falar ao telefone, escovar os dentes, mexer panela, abrir e fechar portas e por aí vai. Lembre-se de trocar o bebê de braço de vez em quando ok????

Passo 5: Até os 7 anos

Seu filho já saiu das fraldas, não quer mais ficar o tempo inteiro no seu colo, mas ainda dá pra malhar bastante, saca só:

Dieta: Siga a mesma dieta do passo 4 (ela poderá ser seguida, em alguns casos, até os 18 anos)

Treino: Seu filho acha que faz tudo sozinho, mas ele sempre vai te chamar pra ajudá-lo, e você certamente estará fazendo outra coisa, por isso CORRA! Pra pegar a toalha, pra apagar a luz, pra cobrir na cama, pra ajudar a levantar, curar machucado, olhar passar de fase no vídeo game, tirar uma dúvida da lição, e por aí vai! Além disso, ele ainda pede colo com uma certa freqüência. E esse é o estágio mais avançado do nosso treinamento! Pegue-o no colo! Dê um cheirinho no pescoço e o leve pra cama depois de horas brincando. Você vai esculpir todos os músculos do seu corpo e nem vai perceber, pois em cabeça de mãe, aquele menino de 7 anos e 20 kilos, vai ser sempre o recém nascido de 3,200kg que acabou de sair de dentro de você!

Obs: Após o passo 5, algumas mães já são capazes de freqüentar uma academia comum, o que é ótimo! Mas outras gostam Tanto do Mami’s Shape que resolvem começar tudo de novo! É, mãe é mãe!