Sabe, como homem cosmopolita e pós-moderno (mas nem tanto), aprecio a triste perdição de algumas mulheres, cujo fatal destino é beber uma cerveja no Bar do Seu Zé até uma hora dessas. Sim, sou um desses caras que aprecia a inteligência feminina (deveras) e que conviveu com doutoras, doutorandas, mestrandas ou levianas graduandas... e uma Lígia pelo caminho. E difícil é saber o que elas querem, óculos ou uma boa apalpada... difícil dizer. A mulher intelectualizada (mesmo que somente durante 4 ou 5 anos de graduação) deve sofrer muito na época coeva, um dilema entre a sexualidade (ou sensualidade) e a inteligência, pq, mulheres, acreditem, nos ensinaram que estas duas coisas não ocupam o mesmo lugar no espaço (mas discordo veementemente de tal pressuposto). Hoje vi uma mesa com quatro mulheres no bar, todas auto-suficientes, autônomas... decididas. O que fazer para ultrapassar a barreira do gênero e iniciar uma conversa? Difícil missão para um homem comum, o anonimato da "turminha" talvez iniba uma iniciativa, entendam, mas mesmo que eu estivesse disposto o que diria? Oi, meu nome é "tal", e sei o seu nome, sei que frequenta festinhas do Neda e sei que organiza um blog chamado sutiã 44. O que seria possível além disso? Talvez uma troca de telefone, ou mesmo de olhares (na mais otimista das conjecturas)... talvez vc me falasse sobre sua vida efêmera ( e incerta, por suposto) e talvez se ofendesse quando descobrisse quem eu sou.. tão ou mais competente do que vc... pq mulheres, acreditem, nós homens tb somos inteligentes! Vc faria algumas citações erradas ou superficiais (do tipo "o homem é mau"), ou talvez me impressionasse com uma citação de Terry Eagleton (o que me deixaria excitado), e eu concordaria... afinal de contas, não é minha função "chatear" ninguém. Mas entre as suas difíceis decisões, que tomariam ares de decisões mundiais,dado o narcisismo em épocas de "declínio do homem público", e dilemas entre o direito constitucional e outro qualquer, ai.. o que fazer? Bom, eu fingiria algum interesse, e até daria conselhos... sob a ótica do senso comum, evidentemente... mas, quando seria possível uma conversa real? Quando seria possível ouvir e não falar? Quando seria possível conversar para além de "falar de si"? É, concordo, sutião 44 é uma grande responsabilidade.
Não sei quando vai ler essa humilde resposta (humilde porque seu comentário foi profundo, vamo combiná), já que eu só lí seu comentário hoje, semanas depois de você tê-lo postado. Infelizmente eu também não sei a resposta da sua fatídica pergunta: O que as mulheres querem hoje? Eu, por exemplo, estou tentando descobrir. E o blog é só um jeito de contar as minhas aventuras (ou desventuras) durante minhas tentativas. Concordo com vc quando diz que sensualidade e inteligência podem ocupar o mesmo lugar no espaço, mas está aí o ponto onde a tal "barreira do gênero" que vc descreveu se agiganta. Não que homens tenham medo desse tipo de mulher, e sim que as próprias mulheres ainda não sabem muito bem como lidar com essas características, que por séculos foram identificadas como antagônicas. (Faço aqui um mea culpa!) Essa talvez seja a responsabilidade de usar um sutiã 44. Por fim, respondendo às suas divagações, não, eu nunca faria comentários senso-comum do tipo "homem é mau", até porque conheço inúmeros homens mto bons (em diversos sentidos), e tbm porque acho bem ultrapassada essa visão feminista-radical que enxerga o inimigo no sexo oposto. E infelizmente (ou felizmente) eu não citaria Terry Eagleton, primeiro pq não costumo usar citações em mesa de bar, e segundo porque mal sei quem é o dito cujo. Uma conversa real é ouvir e não falar? Acho que o final do comentário me deixou confusa... Bom, to sempre lá, no bar do seu zé... Qualquer dia desses me esclareça esse final, pode se apresentar e dizer que sabe meu nome, provavelmente eu tbm saiba o seu. Valeu pelo comentário me fez refletir
Mãe, madrasta, advogada, auditora, manicure, psicóloga, chefe de cozinha, laboratório de análises clínicas e personal stylist nas horas vagas. Tudo isso usando um Sutiã 44.
2 comentários:
Sim, mulheres maduras....
Sabe, como homem cosmopolita e pós-moderno (mas nem tanto), aprecio a triste perdição de algumas mulheres, cujo fatal destino é beber uma cerveja no Bar do Seu Zé até uma hora dessas. Sim, sou um desses caras que aprecia a inteligência feminina (deveras) e que conviveu com doutoras, doutorandas, mestrandas ou levianas graduandas... e uma Lígia pelo caminho. E difícil é saber o que elas querem, óculos ou uma boa apalpada... difícil dizer. A mulher intelectualizada (mesmo que somente durante 4 ou 5 anos de graduação) deve sofrer muito na época coeva, um dilema entre a sexualidade (ou sensualidade) e a inteligência, pq, mulheres, acreditem, nos ensinaram que estas duas coisas não ocupam o mesmo lugar no espaço (mas discordo veementemente de tal pressuposto). Hoje vi uma mesa com quatro mulheres no bar, todas auto-suficientes, autônomas... decididas. O que fazer para ultrapassar a barreira do gênero e iniciar uma conversa? Difícil missão para um homem comum, o anonimato da "turminha" talvez iniba uma iniciativa, entendam, mas mesmo que eu estivesse disposto o que diria? Oi, meu nome é "tal", e sei o seu nome, sei que frequenta festinhas do Neda e sei que organiza um blog chamado sutiã 44. O que seria possível além disso? Talvez uma troca de telefone, ou mesmo de olhares (na mais otimista das conjecturas)... talvez vc me falasse sobre sua vida efêmera ( e incerta, por suposto) e talvez se ofendesse quando descobrisse quem eu sou.. tão ou mais competente do que vc... pq mulheres, acreditem, nós homens tb somos inteligentes! Vc faria algumas citações erradas ou superficiais (do tipo "o homem é mau"), ou talvez me impressionasse com uma citação de Terry Eagleton (o que me deixaria excitado), e eu concordaria... afinal de contas, não é minha função "chatear" ninguém. Mas entre as suas difíceis decisões, que tomariam ares de decisões mundiais,dado o narcisismo em épocas de "declínio do homem público", e dilemas entre o direito constitucional e outro qualquer, ai.. o que fazer? Bom, eu fingiria algum interesse, e até daria conselhos... sob a ótica do senso comum, evidentemente... mas, quando seria possível uma conversa real? Quando seria possível ouvir e não falar? Quando seria possível conversar para além de "falar de si"? É, concordo, sutião 44 é uma grande responsabilidade.
Rogério...
Não sei quando vai ler essa humilde resposta (humilde porque seu comentário foi profundo, vamo combiná), já que eu só lí seu comentário hoje, semanas depois de você tê-lo postado.
Infelizmente eu também não sei a resposta da sua fatídica pergunta: O que as mulheres querem hoje?
Eu, por exemplo, estou tentando descobrir. E o blog é só um jeito de contar as minhas aventuras (ou desventuras) durante minhas tentativas.
Concordo com vc quando diz que sensualidade e inteligência podem ocupar o mesmo lugar no espaço, mas está aí o ponto onde a tal "barreira do gênero" que vc descreveu se agiganta.
Não que homens tenham medo desse tipo de mulher, e sim que as próprias mulheres ainda não sabem muito bem como lidar com essas características, que por séculos foram identificadas como antagônicas. (Faço aqui um mea culpa!)
Essa talvez seja a responsabilidade de usar um sutiã 44.
Por fim, respondendo às suas divagações, não, eu nunca faria comentários senso-comum do tipo "homem é mau", até porque conheço inúmeros homens mto bons (em diversos sentidos), e tbm porque acho bem ultrapassada essa visão feminista-radical que enxerga o inimigo no sexo oposto. E infelizmente (ou felizmente) eu não citaria Terry Eagleton, primeiro pq não costumo usar citações em mesa de bar, e segundo porque mal sei quem é o dito cujo.
Uma conversa real é ouvir e não falar? Acho que o final do comentário me deixou confusa...
Bom, to sempre lá, no bar do seu zé... Qualquer dia desses me esclareça esse final, pode se apresentar e dizer que sabe meu nome, provavelmente eu tbm saiba o seu.
Valeu pelo comentário
me fez refletir
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